Quando os cereais ucranianos são o alvo

Cereais ucranianos
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Zelensky considera "inaceitável" a possibilidade de uma extensão das restrições à exportação de cereais ucranianos dentro da UE. ONU e EUA instam Rússia a reativar acordo de exportação de cereais com a Ucrânia, alertando que 'os mais vulneráveis' sofrerão.

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De um lado, os bombardeamentos russos, do outro, um muro de restrições.

A Ucrânia levanta o tom contra a União Europeia sobre a possibilidade de serem estendidas, até ao final do ano, as restrições às exportações de cereais ucranianos para proteger os agricultores de 5 países da UE (Polónia, Bulgária, Hungria, Eslováquia e Roménia).

"Qualquer extensão das restrições é absolutamente inaceitável e totalmente não europeia. A Europa tem capacidade institucional para agir de forma mais racional do que fechar uma fronteira para um determinado produto. Estamos a trabalhar muito ativamente com todos para encontrar uma solução que esteja alinhada com o espírito da nossa Europa," declarou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy.

Desde que a Rússia não renovou o acordo sobre as exportações de cereais ucranianos, os drones e mísseis de Moscovo atingiram silos e instalações portuárias na Ucrânia e ameaçaram os navios que se dirigiam aos portos ucranianos

Os EUA apontam o dedo acusador.

"As ações do Kremlin, incluindo a suspensão de sua participação na Iniciativa de Cereais do Mar Negro, causaram uma séria volatilidade nos preços dos alimentos, o que prejudicará mais as áreas empobrecidas e duramente atingidas do mundo. Instamos a Rússia a parar de ter como alvo o fornecimento de alimentos e retornar à Iniciativa de Cereais do Mar Negro imediatamente," afirmou a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.

O secretário-geral da ONU também alertou para as consequências que a suspensão do acordo de exportação de cereais ucranianos tem sobre os países mais pobres. Numa semana, o preço do trigo subiu mais de 14% e o do milho mais de 10%.

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