O chanceler alemão, Olaf Scholz, recebeu, na cidade de Hamburgo, o presidente francês, Emmanuel Macron, na véspera de uma reunião dos dois governos com vista a melhorar a cooperação franco-alemã.
Paris e Berlim tentam retomar a relação cordial, para além das divergências sobre política energética, industrial e de defesa.
Enquanto o presidente francês, Emmanuel Macron, anuncia um acordo sobre a reforma do mercado elétrico europeu antes do final do mês, o chanceler alemão, Olaf Scholz, compara o eixo franco-alemão a um "casal inquebrável".
"A França e a Alemanha são um casal muito importante para a Europa. Tal como acontece com muitos casais, por vezes existem perspetivas diferentes sobre uma questão ou outra. Mas é possível desenvolver um ponto de vista comum, afirmou Scholz.
Scholz sublinhou que a cimeira franco-alemã se realizará no espírito de "confiança especial" existente entre os dois países, e mencionou "a manutenção da coesão social em tempos de mudança", bem como "o impacto dos avanços tecnológicos como a inteligência artificial" entre os temas que serão abordados.
Macron, por sua vez, acrescentou aos temas da agenda as alterações climáticas, a guerra na Ucrânia e as atuais tensões geopolíticas, bem como os desafios que a indústria enfrenta em França e na Europa.
A França e a Alemanha garantem que não esquecem a Ucrânia e prometeram apoio consistente a longo prazo.
A Europa está a lidar com a transição energética, o aumento da imigração irregular a que se junta a guerra na Ucrânia e o novo conflito no Médio Oriente.
Solidariedade com Israel
Questionado sobre o apoio do Irão ao Hamas, Emmanuel Macron afirmou: "Não tenho comentários a fazer sobre o envolvimento direto do Irão, do qual não temos provas formais, mas é claro que os comentários públicos das autoridades iranianas foram inaceitáveis. E é provável que tenha sido oferecida ajuda ao Hamas. A França está a investigar se o Irão está diretamente envolvido".
Os dois líderes sublinharam a sua solidariedade para com Israel e indicaram ambos que esta noite falarão por videoconferência com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e com o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, a fim de coordenar as suas posições.