Repórteres Sem Fronteiras dizem que jornalista da Reuters, Issam Abdallah, morreu em ataque "deliberado", a partir da fronteira de Israel
Os Repórteres Sem Fronteiras (RSF) dizem que foi um ataque "deliberado" o que vitimou o jornalista da Reuters Issam Abdallah e feriu seis outros, na fronteira entre o Líbano e Israel. Repórteres claramente identificados como tal e visíveis a olho nu.
A organização sem fins lucrativos fez uma reconstituição do que aconteceu e concluiu que - e como explicava Jonathan Dagher, responsável do gabinete dos RSF para o Médio Oriente - "o local onde se encontravam os jornalistas, em Alma Shaab, foi explicitamente alvo não de um, mas de dois ataques, com 37/38 segundos de intervalo, vindos de leste, na direção da fronteira israelita. Foi um ataque direcionado contra o sítio onde os jornalistas se encontravam".
O grupo de jornalistas - da AFP, Al Jazeera e Reuters - estava a filmar a tensão entre o Exército de Israel e o Hezbollah quando tudo aconteceu. A equipa da Al Jazeera filmou um helicóptero israelita a sobrevoar o local. Carmen Joukhadar, a correspondente deste meio de comunicação, que testemunhou e ficou ferida na segunda explosão, explicava que tinham sido já alvo de outro ataque.
No mesmo dia, o exército israelita afirmava ter disparado mas contra posições do Hezbollah. A organização não-governamental não concorda. Jonathan Dagher afirmava que "atacar jornalistas é um crime de guerra" e que "não há justificação para atacar jornalistas que estão a cobrir uma zona de conflito".
Os Repórteres Sem Fronteiras contabilizam, pelo menos, 12 jornalistas mortos desde 07 de outubro, a maioria em Gaza, e falam num "massacre". O sindicato dos jornalistas palestinianos contabilizou 33 repórteres assassinados.