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António Costa: "Obviamente, apresentei a minha demissão"

Primeiro-ministro António Costa no Palácio de São Bento (arquivo)
Primeiro-ministro António Costa no Palácio de São Bento (arquivo) Direitos de autor  JOSE SENA GOULAO/ 2023 LUSA - LUSA, S.A.
Direitos de autor JOSE SENA GOULAO/ 2023 LUSA - LUSA, S.A.
De Patricia Tavares & Euronews
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Primeiro-ministro demissionário considera que o exercício do cargo não é compatível com a existência de suspeitas

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O primeiro-ministro português, **António Costa,**apresentou a demissão, na sequência das suspeitas levantadas pela Procuradoria-Geral da República de ter interferido nos processos relativos à exploração de lítio e hidrogénio no país.

O líder demissionário do executivo vai ser investigado pelo Supremo Tribunal e considera que o exercício do cargo não é compatível com a existência de qualquer suspeita. 

O pedido de demissão foi aceite pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que convocou os partidos com assento parlamentar para quarta-feira.

Em declaração aos portugueses, António Costa disse que não lhe pesava qualquer atividade ilícita ou censurável na consciência e mostrou-se disponível para colaborar com a justiça. Disse também que não conhecia o motivo da investigação.

António Costa está a ser investigado devido às concessões de exploração de lítio nas minas do Romano (Montalegre) e do Barroso (Boticas) e de um projeto de central de produção de energia a partir de hidrogénio em Sines.

Em causa poderão estar factos suscetíveis de constituir crimes de prevaricação, de corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e de tráfico de influência.

António Costa, que liderava o governo desde 2015, já anunciou que não se irá recandidatar.

Chefe de gabinete de António Costa detido e ministros arguidos após buscas da PSP em São Bento

A residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, e vários ministérios foram alvo de buscas na manhã desta terça-feira. Esta operação foi levada a cabo pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e a PSP. 

O chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária, o empresário  e amigo de Costa Diogo Lacerda Machado, o presidente da câmara, Nuno MascarenhasAfonso Salema, CEO do Start Campus de Sines e Rui Oliveira Neves, Diretor Jurídico e de Sustentabilidade do Start Campus de Sinesforam detidos na operção policial desta manhã. 

Outros ministros também deverão ser constituídos arguidos como João Galamba, Duarte Cordeiro (ministro do Ambiente) e João Pedro Matos Fernandes (ex-ministro do Ambiente) deverão ser constituídos arguidos neste processo.

As diligências foram confirmadas pela assessoria de imprensa do chefe do executivo, António Costa, que acrescentava, em comunicado, que não se pronunciam "sobre a ação da justiça".

Em janeiro, a Procuradora Geral da República tinha já confirmado que estava a decorrer uma investigação.

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