Pelo menos 30 mortos num dos maiores ataques russos à Ucrânia desde o início da guerra

Rússia lança mais de 100 mísseis e drones em território ucraniano
Rússia lança mais de 100 mísseis e drones em território ucraniano Direitos de autor Artem Perfilov/AP
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Rússia lançou 158 mísseis e drones para território ucraniano, num dos maiores ataques desde que começou a invasão russa da Ucrânia.

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Foi o maior ataque aéreo desde que começou a guerra na Ucrânia: a Rússia lançou na sexta-feira 158 mísseis e drones em território ucraniano. As forças ucranianas conseguiram abaterem 118 mísseis e drones mas não evitaram a morte de pelo menos 30 pessoas em várias regiões do país. Há ainda mais de 160 feridos a registar.

As vítims mortais registaram-se em ataques nas cidades de Kiev, Odessa, Dnipro, Kharkiv, Lviv e Zaporizhzhia.

Segundo as autoridades, em Dnipro, foram atingidos edifícios residenciais, um centro comercial e uma maternidade.

Na cidade de Lviv, três escolas e um jardim de infância ficaram danificados pelos bombardeamentos russos.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, revelou que Moscovo usou "quase todos os tipos de arma no seu arsenal". Numa declaração divulgada nas redes sociais, Zelenskyy garantiu que a Ucrânia vai responder aos "ataques terroristas" de Moscovo. "Vamos continuar a lutar pela segurança de todo o nosso país, de cada cidade, de cada cidadão. O terrorismo russo tem de perder e irá perder", garantiu o chefe de Estado ucraniano.

Mísseis muito difíceis de intercetar

A Força Aérea ucraniana assegurou entretanto que a Rússia usou mísseis de cruzeiro, balísticos e hipersónicos, incluindo mísseis que são muito difíceis de intercetar. "Nunca vimos tantos alvos nos nossos monitores de uma só vez", admitiu o porta-voz da Força Aérea ucraniana, Yuriy Ihnat.

Segundo as autoridades locais, só a cidade de Kharkiv, na fronteira com a Rússia, foi bombardeada durante cerca de três horas. Em Kiev, centenas de residentes procuraram abrigo nas estações de metro depois de começarem a ouvir explosões.

O conselheiro presidencial ucraniano Andriy Yermak veio entretanto pedir ao ocidente mais ajuda para enfrentar os ataques russos: "Estamos a fazer tudo o que podemos para reforçar o nosso escudo aéreo. Mas o mundo precisa de ver que precisamos de mais apoio e força para travar este terror", escreveu no Telebgram, citado pelo The Guardian.

As autoridades ucranianas já antecipavam uma vaga intensa de ataques russos, sobretudo dirigidos a infraestruturas de energia, durante o inverno. O ataque violento desta sexta-feira virá também na sequência do ataque ucraniano a um navio de desembarque russo no Mar Negro, esta semana: Kiev garante ter destruído a embarcação mas Moscovo admitiu apenas "danos" no navio de guerra.

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