Estados Unidos prometem continuar retaliação contra grupos pró-iranianos

Houthis já prometeram retaliar contra o ataque conjunto dos Estados Unidos e do Reino Unido
Houthis já prometeram retaliar contra o ataque conjunto dos Estados Unidos e do Reino Unido Direitos de autor ΒΡΕΤΑΝΙΚΟ ΥΠΟΥΡΓΕΙΟ ΑΜΥΝΑΣ via AP
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Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca garantiu que os Estados Unidos vão continuar a retaliar contra grupos pró-iranianos sempre que forem atacados.

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Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, garantiu este domingo que os Estados Unidos vão continuar a retaliar contra grupos apoiados pelo Irão, em resposta ao atentado de 28 de janeiro contra uma base na Jordânia, perto da fronteira síria, que custou a vida a três militares norte-americanos.

"Isto não acabou. Pretendemos realizar ataques adicionais e tomar medidas adicionais para continuar a enviar uma mensagem clara de que os Estados Unidos responderão quando as suas forças forem atacadas", declarou.

Os Estados Unidoslançaram na sexta-feira uma série de ataques em sete locais diferentes, no Iraque e na Síria, incluindo centros de comando e infraestruturas de armazenamento de drones e mísseis.

Washington atribuiu responsabilidades a grupos pró-iranianos, no Iraque e na Síria, pelo ataque do passado domingo na Jordânia.

O Irão alega que as acusações são infundadas e acusam os Estados Unidos de violar a "soberania e integridade territorial do Iraque e da Síria, o direito internacional e a Carta das Nações Unidas".

Pelo menos 18 combatentes pró-iranianos foram mortos no leste da Síria, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), e no Iraque 16 pessoas, incluindo civis, foram mortas, anunciou o governo iraquiano.

Os Estados Unidos e o Reino Unido lançaram ainda um ataque aéreo conjunto no sábado contra os Houthis no Iémen. Os rebeldes iemenitas, também apoiados por Teerão, têm levado a cabo uma campanha persistente de ataques com drones e mísseis a navios comerciais no Mar Vermelho desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em outubro.

Numa reação às investidas conjuntas de Washington e Londres, o porta-voz dos Houthis, Mohammed Abdulsalam, frisou que "a decisão do Iémen de apoiar Gaza é firme e que não vai ser afetada por nenhum ataque".

É preciso sublinhar que os ataques agressivos, quer no nosso país, quer no Iraque e na Síria, vão atiçar o ódio do nosso povo e uni-lo contra a presença colonial americana na região
Mohammed Abdulsalam, porta-voz dos Houthis

Mohammed Abdulsalam aconselhou ambos os países a "dar ouvidos à opinião pública internacional, que exige o fim imediato da agressão israelita, o levantamento do cerco a Gaza e o fim da proteção a Israel à custa do povo palestiniano", "em vez de intensificarem a escalada e abrirem uma nova frente de guerra na região".

"É preciso sublinhar que os ataques agressivos, quer no nosso país, quer no Iraque e na Síria, vão alimentar o ódio do nosso povo e uni-lo contra a presença colonial americana na região", avisou, cita a Al Jazeera.

O Irão também acusou os Estados Unidos e o Reino Unido de "alimentarem o caos, a desordem, a insegurança e a instabilidade" ao apoiarem Israel na guerra em Gaza.

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