Estados Unidos vetam pela terceira vez cessar-fogo imediato em Gaza

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Texto da Argélia teve voto favorável de 13 países, sendo que o Reino Unido optou pela abstenção. Diplomacia norte-americana diz estar a preparar uma proposta alternativa que visa um cessar-fogo temporário, a libertação de reféns e a condenação do Hamas.

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Pela terceira vez, os Estados Unidos vetaram uma resolução das Nações Unidas (ONU) que pedia um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. Dos 15 países no Conselho de Segurança, 13 votaram a favor e o Reino Unido absteve-se. 

Washington justificou a decisão com o receio de que a resolução pudesse interferir nos esforços em curso para se alcançar uma pausa de pelo menos seis semanas no conflito e a libertação de todos os reféns. 

O texto da Argélia reclamava um "cessar-fogo humanitário imediato, a ser respeitado por todas as partes", pedia a libertação imediata de todos os reféns e reafirmava o compromisso com a proteção dos civis, tal como está definido pelo direito internacional.

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, defendeu que a proposta em votação não traria uma paz duradoura e prolongaria o cativeiro dos reféns e a crise humanitária. 

Os Estados Unidos devem apresentar uma proposta alternativa, que pode assentar num cessar-fogo temporário, na libertação de todos os reféns e na condenação do Hamas. A confirmar-se, o país apoiará pela primeira vez um cessar-fogo temporário na Faixa de Gaza.

O projeto de resolução dos Estados Unidos tem uma mensagem forte dirigida a Israel, com a indicação de que a grande ofensiva terrestre prevista para Rafah "não deve prosseguir nas circunstâncias atuais". No texto, Washington menciona ainda que a deslocação de refugiados para "países vizinhos", numa referência ao Egito, teria fortes implicações na paz e segurança regionais.

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