As detenções ocorrem uma semana após o ataque a uma sala de concertos nos arredores de Moscovo, que causou a morte de 144 pessoas.
Os serviços de segurança do Tajiquistão detiveram nove pessoas por suspeita de contacto com os autores do ataque da semana passada a uma sala de concertos nos subúrbios de Moscovo, que matou 144 pessoas, informou a agência noticiosa estatal russa RIA Novosti na sexta-feira.
As detenções ocorreram exatamente uma semana após o massacre em que homens armados dispararam sobre as pessoas que aguardavam o início da atuação de uma banda de rock popular russa e depois incendiaram o edifício.
Os quatro presumíveis atacantes foram detidos e identificados como cidadãos tajiques.
Um afiliado do grupo Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque, o mais mortífero em solo russo em anos. O Kremlin tem insistido que a Ucrânia e o Ocidente estiveram envolvidos, algo que Kiev tem negado veementemente.
A RIA Novosti disse na sexta-feira, citando uma fonte não identificada dos serviços de segurança do Tajiquistão, que os detidos no país da Ásia Central eram residentes do distrito de Vakhdat, que fica a leste da capital do Tajiquistão, Dushanbe.
Segundo o relatório, os detidos são suspeitos de terem ligações ao grupo Estado Islâmico.
Na Rússia, até à data, nove suspeitos foram levados a tribunal e ficaram em prisão preventiva.
Transferência de culpas
As autoridades russas, incluindo o presidente Vladimir Putin, têm afirmado persistentemente, sem apresentar provas, que a Ucrânia e o Ocidente tiveram um papel no ataque.
O Comité de Investigação afirmou na quinta-feira que "confirmou os dados de que os autores do ataque terrorista receberam quantias significativas de dinheiro e criptomoedas da Ucrânia, que foram utilizadas na preparação do crime".
O Mediazona noticiou que um nono suspeito foi acusado, com os investigadores a afirmarem que receberam instruções para fugir para Kiev após o ataque.
A Ucrânia nega o seu envolvimento e os seus responsáveis afirmam que Moscovo está a utilizar esta alegação como pretexto para intensificar os seus combates na Ucrânia.
O número de mortos do ataque continua a aumentar, tendo subido para 144 na sexta-feira, quando uma vítima gravemente ferida morreu no hospital, de acordo com o Ministro da Saúde russo Mikhail Murashko.