Pelo menos 50 dos potenciais jurados declararam-se incapazes de julgar de forma imparcial e foram assim dispensados do tribunal de Nova Iorque.
O primeiro dia de julgamento de Donald Trump num caso relacionado com o pagamento pelo silêncio de uma atriz de filmes pornográficos ficou marcado pela demora na composição do júri.
Pelo menos 50 dos potenciais jurados declararam-se incapazes de julgar de forma imparcial e foram assim dispensados do tribunal de Nova Iorque.
O processo de seleção do júri deverá retomar na terça-feira.
O julgamento arrancou com Trump a ter que dividir o tempo entre presenças em tribunal e em ações de campanha enquanto candidato dos republicanos às presidenciais norte-americanas.
"Não posso ir à entrega de diplomas do meu filho, não posso ir ao Supremo Tribunal dos Estados Unidos, nem estou na Geórgia ou na Florida ou na Carolina do Norte, a fazer campanha como devia. É perfeito para os democratas da esquerda radical. É exatamente isso que eles querem. Isto é sobre a interferência eleitoral. É só isso que está em causa", acusou o antigo presidente norte-americano.
A seleção do júri começou na segunda-feira à tarde após horas de argumentos dos procuradores, incluindo um pedido de multa a Trump por ter violado uma ordem de silêncio com publicações nas redes sociais.
Neste processo, Trump é acusado de ter cometido 34 crimes de falsificação dos registos da sua empresa, a Trump Organization, com o objetivo de esconder um outro crime de interferência na eleição presidencial de 2016 através do pagamento pelo silêncio de uma atriz de filmes pornográficos, Stormy Daniels.
A mulher fez alegações de que teria tido um encontro sexual com o multimilionário quando este já era casado.
O ex-Presidente dos Estados Unidos nega ter cometido qualquer crime e declarou-se inocente de todas as acusações.