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Joe Biden desiste da corrida à Casa Branca e apoia a vice-presidente Kamala Harris

Joe Biden
Joe Biden Direitos de autor Susan Walsh/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
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De  Euronews
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O Presidente Joe Biden anunciou domingo que não vai tentar a reeleição, fazendo o anúncio numa carta publicada na sua conta oficial. Biden avisou ainda no comunicado que no final desta semana falará à Nação com mais pormenor sobre esta decisão.

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Após semanas de pressão para que reconsiderasse a sua campanha para a reeleição, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a sua retirada da candidatura.

O presidente dos Estados Unidos Joe Biden anunciou este domingo (21) que desistiu de concorrer à reeleição. O comunicado foi feita na rede social X onde afirmou que a decisão “é do interesse do meu partido e do país”.

Biden avisou ainda no comunicado que no final desta semana falará à Nação com mais pormenor sobre esta decisão.

Poucos minutos depois do anúncio, também na rede social X oficializou o seu apoio à vice-presidente Kamala Harris.

"A minha primeira decisão como candidato do partido em 2020 foi escolher Kamala Harris como minha vice-presidente. E tem sido a melhor decisão que tomei. Hoje quero oferecer o meu total apoio e endosso a Kamala para ser a candidata do nosso partido este ano. Democratas - é altura de nos unirmos e derrotarmos Trump. Vamos a isto", escreveu

Donald Trump já reagiu na sua rede social Truth Social onde chama Biden de "corrupto" e "inapto" e acusa toda a sua equipa de ter mentido sobre a capacidade do presidente dos EUA. Acusa-o ainda de deixar o país no caos a nível migratório e promete "remendar" o que Biden deixou.

Da partida à desistência da corrrida à Casa Branca

Na carta de desistência Biden começou por enfatizar os progressos que fez nestes últimos três anos. "Atualmente a América tem a economia mais forte do mundo. Fizemos investimentos históricos na reconstrução da nossa Nação, na redução dos custos dos medicamentos sujeitos a receita médica para os idosos e na expansão de cuidados de saúde acessíveis a um número recorde de americanos", escreceu.

"Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre exclusivamente em cumprir meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato", pode ainda ler-se na carte de Biden.

E não deixou de terminar o comunicado sem fazer um profundo agradecimento à sua equipa, em especial à vice-presidente Kamala Harris "por ser uma parceira extraordinária em todo este trabalho", que viria minutos depois a apoiar oficialmente.

Os boatos de uma possível desistência começaram há algumas semanas, mas a Casa Branca desmentiu e o próprio Joe Biden numa entrevista disse ainda "estar na corrida".

Os pedidos para que Biden, de 81 anos, desistisse aumentaram após um debate televisivo com Donald Trump, a 27 de junho, em que o Presidente pareceu física e cognitivamente exausto.

Teve dificuldade em refutar as afirmações muitas vezes falsas do seu oponente, deu as suas próprias respostas de forma desconexa e, por vezes, olhou fixamente para o espaço.

Após o fracasso em direto, os aliados de Biden informaram os meios de comunicação social de que ele tinha estado constipado e fez um discurso mais enérgico num comício de campanha para recuperar a iniciativa.

No entanto, nas entrevistas e aparições públicas subsequentes, destinadas a tranquilizar os eleitores e o seu próprio partido de que estava em condições de se candidatar, Biden parecia frequentemente cansado.

Como resultado, cada vez mais democratas proeminentes começaram a recusar-se a especular sobre o seu futuro ou a pedir explicitamente que se afastasse, mesmo quando outros insistiam que o apoiavam.

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Um momento particularmente terrível ocorreu numa cimeira em Washington que assinalou o 75º aniversário da NATO. Embora Biden tenha sido capaz de dar uma longa conferência de imprensa, na qual falou sobre uma série de áreas políticas complexas, também se referiu ao Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy como “Presidente Putin” e à sua própria vice-presidente, Kamala Harris, como “Vice-Presidente Trump”.

Biden não apoiou imediatamente a vice-presidente Kamala Harris, lançando os democratas no caos meses antes da eleição contra Trump. Ele agradeceu a Harris, acrescentando que ela era uma “parceira extraordinária”.

Uma intervenção importante veio de George Clooney, um dos maiores doadores dos democratas, que escreveu no New York Times que “a única batalha que (Biden) não pode vencer é a luta contra o tempo”.

“É devastador dizê-lo, mas o Joe Biden com quem estive há três semanas na angariação de fundos não era o Joe “big F-ing deal” Biden de 2010. Nem sequer era o Joe Biden de 2020. Era o mesmo homem que todos nós vimos no debate”.

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Para lá do limite

Nem mesmo a tentativa de assassinato de Donald Trump conseguiu afastar a história de Biden do ciclo de notícias.

A meio da convenção em que Trump aceitou a nomeação, foi anunciado que Biden tinha sido diagnosticado com COVID-19, obrigando-o a ir para a sua casa em Delaware para recuperar.

Pouco depois dessa notícia, a Black Entertainment Television transmitiu uma entrevista pré-gravada em que o Presidente parecia surpreendentemente indisposto e se esforçava por recordar o nome do seu secretário da Defesa, Lloyd Austin, referindo-se-lhe em vez disso como “o negro”.

Com o fim da Convenção Republicana, a máquina central do Partido Democrata parecia estar a avançar com um plano para que a nomeação de Biden fosse confirmada através de uma votação nominal virtual antes da reunião do seu próprio partido em Chicago, em setembro, forçando assim os delegados a votar nele o mais rapidamente possível.

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Mas antes que esse plano pudesse ser posto em prática, Biden anunciou a sua desistência.

E agora?

Ainda não foi anunciado exatamente o que vai acontecer na convenção democrata ou como será escolhido o sucessor de Biden como candidato.

O caminho óbvio é o partido nomear a VP Harris, colocando-a na linha da frente para ser a primeira mulher presidente dos EUA. Nos últimos meses, tem feito cada vez mais aparições na campanha e os seus números nas sondagens em relação a Biden e Trump têm melhorado ultimamente.

Outros democratas populares e conhecidos foram também sugeridos como potenciais candidatos, entre os quais o governador da Califórnia, Gavin Newsom, e a governadora do Michigan, Gretchen Whitmer.

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