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Cidadã russo-americana condenada a 12 anos de prisão na Rússia

Cidadã russo-americana condenada a 12 anos de prisão na Rússia
Cidadã russo-americana condenada a 12 anos de prisão na Rússia Direitos de autor AP/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
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De  Euronews com AP
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Ksenia Khavana foi condenada por traição num tribunal russo. Em causa estão acusações relacionadas com uma doação de cerca de 52 dólares a uma instituição de caridade de ajuda à Ucrânia.

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Ksenia Khavana, que as autoridades russas continuam a identificar pelo nome de solteira, Karelina, foi esta quinta-feira condenada a 12 anos de prisão por um tribunal russo.

A mulher, que obteve a dupla nacionalidade depois de se casar com um cidadão norte-americano, tinha-se declarado culpada num julgamento à porta fechada. Na base das acusações está o envio de fundos para ajudar as tropas ucranianas a enfrentarem a invasão russa, mais precisamente o envio de 52 dólares (47 euros) para uma instituição de caridade.

Khavana, uma antiga bailarina de 33 anos, foi detida depois ter regressado à Rússia para visitar a família. A russa mudou-se para Los Angeles depois do casamento.

Depois de chegar a Ekaterinburgo em janeiro, o seu telemóvel terá sido confiscado e a polícia terá encontrado provas da doação. Pouco antes da partida planeada, foi detida durante 15 dias sob a acusação de hooliganismo e depois acusada de traição.

Segundo o Serviço Federal de Segurança da Rússia, Khavana “angariou proativamente dinheiro em benefício de uma das organizações ucranianas, que foi posteriormente utilizado para comprar material médico tático, equipamento, armas e munições para as forças armadas ucranianas”.

Defesa vai recorrer da decisão

O advogado de Khavana, Mikhail Mushailov, disse que tenciona recorrer da sentença. “Ela admitiu a sua culpa, em parte, pela transferência dos fundos, mas não admitiu a sua intenção de transferir os fundos para as organizações onde provavelmente foram recebidos”, disse ele. “Ela não presumiu que os fundos que transferiu seriam utilizados para ações anti-russas”, acrescentou o advogado, segundo a agência noticiosa Interfax.

O porta-voz da segurança nacional da Casa Branca disse que a condenação e a sentença de Khavana foram apenas “crueldade vingativa”. John Kirby afirmou ainda que as autoridades norte-americanas estavam a trabalhar para obter acesso consular a Khavana.

“Estamos a falar de 50 dólares”, acrescentou Kirby. “Chamar a isso traição é absolutamente ridículo”

Desde o início da invasão em grande escala da Ucrânia, em fevereiro de 2022, a Rússia tem reprimido a dissidência e aprovou leis que criminalizam as críticas ao conflito. Desde então, tem crescido a preocupação de que a Rússia esteja a visar cidadãos norte-americanos para serem detidos.

No passado dia 1 de agosto aconteceu uma troca de prisioneiros entre Washignton e o Kremlin, a maior desde a Guerra Fria, o que permitiu a  libertação de jornalistas norte-americanos e opositores russos detidos na Rússia em troca de espiões presos em países ocidentais

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