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Incêndios na Madeira: Ativado Mecanismo Europeu de Proteção Civil

Incêndio na ilha da Madeira, Portugal
Incêndio na ilha da Madeira, Portugal Direitos de autor Captura de ecrã, Euronews/EBU
Direitos de autor Captura de ecrã, Euronews/EBU
De  Euronews & Jornal da Madeira & DN Madeira
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De regresso à ilha da Madeira, o presidente do governo regional do arquipélago diz que atuou de forma "racional" e que regressou às férias quando o incêndio "estava a ser controlado". Albuquerque deixa claro que não recebe "lições" de ninguém.

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O governo português ativou, a pedido do Governo Regional da Madeira, o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, que permitirá o envio para o arquipélago de dois aviões Canadair que irão ajudar no combate aos fogos que duram há já vários dias. Os aviões começam a operar já esta quinta-feira.

Entretanto, o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, afasta qualquer crítica por ter regressado às férias no Porto Santo quando a ilha de Madeira está a braços comincêndios que já queimaram quase 9 mil hectares de floresta.

"A mim ninguém me dá lições, porque eu, ao contrário de outros, nunca deleguei as minhas responsabilidades em ninguém, nem disse que a culpa era dos técnicos.", atirou Albuquerque, esta quarta-feira, em declarações aos jornalistas à entrada da Câmara Municipal do Funchal para a sessão solene do Dia do Concelho.

O líder do executivo madeirense frisa que os incêndios não provocaram vítimas nem danos em habitações ou infraestruturas públicas essenciais.

“No ano passado houve um incêndio na Calheta, foram 12 casas consumidas pelas chamas e não houve este alarido todo e não percebo porque estão a fazer alarido agora. Se houvesse casas destruídas, infraestruturas destruídas, se houvesse mortos ou feridos”, notou.

"Eu assumo as minhas responsabilidades políticas", insistiu Albuquerque, que interrompeu as férias em Porto Santo no sábado para viajar para à ilha da Madeira, tendo regressado ao descanso no domingo.

“Estive na situação de maior urgência, a partir do momento em que (o incêndio) estava a ser controlado fui e já cá estou outra vez. Não há nenhum problema”, salientou.

“Toda a estratégia que foi seguida e que acompanhei no terreno, foi a adequada para este tipo de incêndios, que é colocar os ativos e forças em sítios estratégicos com o sentido de fazer a contenção do fogo nas zonas urbanas.", mencionou o social-democrata, que recusa "retóricas alarmistas".

“Este não é o meu primeiro incêndio, é o 25.º que enfrento. A Madeira não está a arder, houve alguns picos em que estava a arder mato. É normal que toda a gente fique preocupada, mas a minha função é tomar decisões de forma racional e com calma”.

Pedidos de demissão

O Sindicato Nacional da Proteção Civil pediu esta quarta-feira as saídas imediatas do presidente da Proteção Civil da Madeira, António Nunes, e do secretário regional da Proteção Civil, Pedro Ramos, algo que Miguel Albuquerque pôs de parte.

“Não sei quem é este sindicato. A Proteção Civil tem a confiança do governo da Madeira, não é dos sindicatos. Os sindicatos ainda não mandam no país”, vincou.

Também o Chega-Madeira exige a "demissão imediata" de Pedro Ramos e António Nunes, e ainda de Manuel Filipe, presidente do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza. O partido alega a "gestão ineficaz dos incêndios que têm assolado a Região Autónoma da Madeira desde o dia 14 de Agosto".

"A continuidade destes responsáveis nos seus cargos representa um risco inaceitável para a segurança da população madeirense e para a preservação do nosso valioso património natural.", afirmou Miguel Castro, presidente do Chega-Madeira.

Moradores regressam a casa na Ribeira Brava

O concelho da Ribeira Brava, na Madeira, não regista hoje à tarde focos de incêndio ativos, mantendo apenas vigilância para fazer face a eventuais reacendimentos, e as pessoas retiradas das habitações já regressaram, indicou o presidente da Câmara.

O presidente da Câmara realçou que o fogo provocou danos em palheiros, arrecadações e terrenos agrícolas, tendo também afetado “muita rede de canalização de água de rega”, assim como alguns animais que morreram.

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A Câmara Municipal de Santana encerrou temporariamente ao trânsito automóvel e pedonal o acesso a vários locais, nomeadamente das freguesias de São Jorge e da Ilha, em consequência do incêndio que lavra desde a semana passada na Madeira.

Nova frente ativa no Pico Ruivo

A mudança nos ventos durante a noite de terça-feira levou o fogo para o Pico Ruivo, o terceiro ponto mais alto de Portugal, e apesar de as chamas terem ficado controladas no local ao início da tarde de quarta-feira, formou-se entretanto uma nova frente num ponto inacessível por via terrestre. As condições do terreno dificultam o combate às chamas.

Já o incêndio que estava ativo na terça-feira no Curral das Freiras, no concelho de Câmara de Lobos, foi já declarado extinto,

Mais 60 elementos da Força Operacional Conjunta partiram esta tarde de Figo Maduro para o Funchal a fim de ajudarem a dominar as chamas que consomem a ilha há uma uma semana.

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A Polícia Judiciária está a investigar as causas dos fogos, mas Miguel Albuquerque, chefe do executivo madeirense, assume que se trata de fogo posto.

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