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Conversações para cessar-fogo em Gaza: Egito diz que Hamas não vai aceitar

Soldados israelitas movem-se no topo de um tanque perto da fronteira israelo-gaza, visto do sul de Israel, quarta-feira, 21 de agosto de 2024.
Soldados israelitas movem-se no topo de um tanque perto da fronteira israelo-gaza, visto do sul de Israel, quarta-feira, 21 de agosto de 2024. Direitos de autor Leo Correa/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Leo Correa/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
De  Euronews com AP
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O principal mediador, o Egito, manifestou o seu ceticismo sobre a proposta e afirmou que o grupo militante Hamas não a aceitará.

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O Egito, o Qatar e os Estados Unidos realizaram reuniões importantes esta semana que pareciam aproximar a possibilidade de um cessar-fogo na Faixa de Gaza, contudo, as conversações não parecem ir no bom caminho.

Israel aceitou a proposta dos EUA após uma reunião entre os dois países, segundo o secretário de Estado Antony Blinken, contudo faltaria o Hamas também concordar.

Em Doha, em entrevista aos jornalistas, Blinken reforçou que caberia ao Hamas aceitar o acordo tal como Israel o fez. "O processo consiste em garantir que o Hamas o compreenda plenamente e saiba o que contém", disse.

Para isso contou com o Egito e o Qatar como "intermediários" das conversações com o grupo militante. "O Egito e o Qatar estão absolutamente unidos e têm um papel único na capacidade de se envolverem com o Hamas.", afirmou acrescentado que os EUA "naturalmente, estão profundamente empenhados com Israel".

Mas o trabalho depende dos três. "Nós os três, trabalhando em conjunto, creio que podemos levar isto até onde é preciso. Mas, como sempre, estas coisas por vezes demoram mais tempo do que o desejado", afirmou.

Contudo, o principal mediador, o Egito, já manifestou o seu ceticismo sobre a proposta e afirmou que o grupo militante Hamas não a aceitará.

Uma fonte ligada às negociações, em entrevista à AP, disse que a proposta de transição exige a implementação da primeira fase do acordo, que prevê que o Hamas liberte os reféns civis mais vulneráveis, capturados no ataque de 7 de outubro. "Os norte-americanos estão a oferecer promessas, não garantias”, começou por dizer.

O acordo prevê que apenas após, ou durante, a primeira fase, ou seja a libertação dos reféns israelitas mais vulneráveis, é que se iniciariam as negociações das segundas e terceiras fases. “O Hamas não aceitará isso, porque significa praticamente que o Hamas libertará os reféns civis em troca de uma pausa de seis semanas nos combates, sem garantias de um cessar-fogo permanente negociado”, explica a mesma fonte à AP.

Adianta ainda que a proposta não é clara relaticamente à retirada de Israel das suas forças de dois corredores estratégicos em Gaza, o corredor Philadelphi, ao longo da fronteira de Gaza com o Egito, e o corredor Netzarim, que atravessa o território. “Isto não é aceitável para nós e, claro, nem para o Hamas”, disse.

Outro membro integrante das negociações do governo egípcio adiantou que havia poucas hipóteses de um avanço, uma vez que Israel se recusa a comprometer-se com uma retirada completa de Gaza na segunda fase do acordo.

Segundo ele, Israel insiste em manter as suas forças no corredor de Filadélfia e em ter o controlo total do corredor de Netzarim.

Ambas as fontes falaram sob condição de anonimato para divulgar pormenores das negociações.

Os mediadores deverão reunir-se novamente na quinta e sexta-feira, no Cairo, para mais conversações sobre a proposta antes de a apresentarem oficialmente ao Hamas.

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