Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Eurodeputado Alvise Perez admite ter recebido "100.000 euros em dinheiro" e sem pagar impostos

Alvise Pérez posa em Madrid a 13 de junho de 2024.
Alvise Pérez posa em Madrid a 13 de junho de 2024. Direitos de autor  Andrea Comas/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Andrea Comas/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
De Euronews en español
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button

Alvise Pérez acusa Álvaro Romillo, empresário do sector das criptomoedas, de ter evitado a prisão preventiva em troca de o acusar de ter recebido 100.000 euros de apoio à sua candidatura a Bruxelas.

PUBLICIDADE

O eurodeputado espanhol Alvise Pérez está a ser investigado por alegadamente ter financiado ilegalmente o seu partido político de extrema-direita "Se Acabó la Fiesta" (SALF) para as eleições europeias de 9 de junho. O Ministério Público abriu o inquérito depois de ter encontrado indícios de um crime no pagamento de 100.000 euros em dinheiro.

O empresário de criptomoedas Álvaro Romillo terá dado os 100.000 euros a Alvise em mão, a 27 de maio, alguns dias antes das eleições europeias. Os meios de comunicação social espanhóis referem que Alvise terá contactado Romillo em março, com o objetivo de criar uma carteira digital que lhe permitisse receber financiamento "anónimo e encriptado".

Alvise admitiu no Telegram ter recebido esse montante "como freelancer sem fatura", pelo que terá de pagar uma multa de 25% do total. Acrescenta que Romillo "teria concordado que o Ministério Público não pedisse a prisão preventiva por fraude em troca de acusar Alvise de lhe ter dado 100 mil euros "para o ajudar a financiar a sua campanha eleitoral".

Segundo o empresário, que forneceu documentação que demonstra a existência de contactos fluidos entre os dois, Alvise disse-lhe que precisava de 300 a 360 mil euros para lançar a sua corrida a Bruxelas. Nas mensagens trocadas e publicadas pela imprensa espanhola, Alvise pedia fundos que não eram passíveis de ser inspecionados pelo Tribunal de Contas.

A lei do financiamento dos partidos em Espanha proíbe que uma mesma pessoa faça doações superiores a 50.000 euros por ano. Além disso, exige que todos os donativos superiores a 25.000 euros sejam declarados ao Tribunal de Contas.

A queixa apresentada pela Associação de Utilizadores de Criptomoedas, na semana passada, contra a Madeira Invest Club, a empresa de Álvaro Romillo, que foi subitamente encerrada, terá sido o gatilho para a posterior queixa de Romillo contra Alvise.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

França e Alemanha apanhadas por grandes redes de desinformação antes das eleições europeias

Como é que a direita radical se vai dividir no Parlamento Europeu?

Madrid celebra o "Mundo Crypto"