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Trump: desastre aéreo "pode ter sido" culpa da política de "diversidade" de Biden

O presidente norte-americano, Donald Trump, fala em conferência de imprensa sobre a colisão mortal entre dois aviões em Washington, DC.
O presidente norte-americano, Donald Trump, fala em conferência de imprensa sobre a colisão mortal entre dois aviões em Washington, DC. Direitos de autor  Jacquelyn Martin/Copyright 2025 The AP. Todos os direitos reservados.
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De Rui Azevedo
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O presidente norte-americano disse que ainda não se conhece a causa do acidente mortal entre as duas aeronoves em Washington, DC, numa conferência de imprensa em que atacou Biden e Obama.

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Donald Trump iniciou a conferência de imprensa na Casa Branca, de balanço do acidente aéreo fatal em Washington, DC, a manifestar as condolências às vítimas e às suas famílias, cumprindo depois, de cabeça baixa, um minuto de silêncio.

"Falo numa hora de angústia para a nossa nação”, disse o presidente norte-americano antes de reiterar que os Estados Unidos (EUA) estão “de luto”.

“Isto abalou muita gente, incluindo, infelizmente, pessoas de outras nações. Só podemos começar a imaginar a agonia que todos estão a sentir. Os nossos corações estão destroçados, tal como os vossos. Somos todos uma família”, afirmou, acrescentando que a sua administração estará presente para ajudar a "enxugar as lágrimas".

Ladeado pelo vice-presidente JD Vance, pelo secretário da Defesa Pete Hegseth e pelo secretário dos Transportes Sean Duffy, Trump aplaudiu as operações de busca em curso, deixando claro que ele e a sua equipa não sabem o que provocou a tragédia, mas adiantando que têm “algumas opiniões e ideias muito fortes" que de seguida fez questão de elencar.

Donald Trump diz ter ouvido áudios que lançam luz sobre o que aconteceu, numa aparente referência às gravações do controlo de tráfego aéreo no momento da colisão. Sublinha ter percebido que a companhia aérea estava “a fazer tudo bem” e na "pista habitual", mas que “por alguma razão” o helicóptero estava à mesma altura e “a ir num ângulo que era inacreditavelmente mau”.

Trump prosseguiu, realçando que o helicóptero tinha a capacidade de parar, subir ou descer, ou ainda virar, e que "obviamente" a curva que fez "não foi a correta".

“O helicóptero estava no sítio errado à hora errada e ocorreu uma tragédia. Estava a treinar e isso é algo que deve ser feito. Foi um treino que resultou muito, muito mal”, referiu.

Assegurou ainda que não terá qualquer receio de viajar de avião, doravante, e salientou que os norte-americanos também não têm qualquer razão para tal.

Investigação "aturada"

O presidente dos EUA prometeu que a sua administração vai "descobrir como esta catástrofe ocorreu e garantir que nada disto volta a suceder".

Anunciou uma "investigação aturada" por parte da Administração Federal da Aviação (FAA), do Conselho Nacional de Segurança dos Transportes e das forças armadas do país.

"Trabalharemos incansavelmente", avisou, revelando que vai nomear um comissário interino para a principal entidade responsável pela aviação nos EUA.

Alfinetada aos adversários políticos devido à "diversidade"

Donald Trump não deixou de fazer mira aos rivais políticos e aproveitou a ocasião para repisar um tema que se tornou um dos principais marcos da sua administração até à data: a luta contra a "diversidade, equidade e inclusão", ou programas DEI.

Quando questionado sobre a possível influência desta política no desastre aéreo, Trump respondeu que "pode ter sido" a causa. Seguidamente, foi-lhe perguntado como chegou a tal conclusão, sendo que o presidente norte-americano argumentou que foi através do "bom senso" que diz ter e que "infelizmente muitos não têm".

Criticou Barack Obama por alegadamente ter contratado trabalhadores “medíocres” para funções de controlo de tráfego aéreo que exigem “inteligência superior”.

Segundo Trump, Joe Biden mudou-os de novo, colocando “a política a um nível que nunca ninguém viu”.

O chefe da Casa Branca afirmou que os controladores de tráfego aéreo "têm de ser talentosos, génios naturalmente talentosos” e não "pessoas banais a fazer o seu trabalho”.

“A FAA está a recrutar ativamente trabalhadores que sofrem de deficiências intelectuais graves, problemas psiquiátricos e outras condições mentais e físicas, ao abrigo de uma iniciativa de contratação de diversidade e inclusão explicitada no site da agência”, declarou, referindo que o programa permitia a contratação de pessoas com problemas de audição e visão, paralisia, epilepsia e nanismo.

Um dos alvos do ataque verbal de Trump foi o anterior secretário dos Transportes, Pete Buttigieg, que superintendia o setor. O antigo governante já respondeu na rede social X: “Enquanto as famílias estão de luto, Trump deveria estar a liderar, não a mentir”.

Buttigieg lembrou que quando dirigia a agência, este organismo “não teve qualquer acidente mortal com aviões comerciais entre os milhões de voos" efetuados.

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