O tribunal decidiu por sete votos a um a favor de Han Duck-soo, dando esperança aos apoiantes do presidente Yoon Suk-yeol, que foi destituído em dezembro por ter declarado a lei marcial.
O primeiro-ministro sul-coreano Han Duck-soo foi reinvestido como presidente interino, depois de o Tribunal Constitucional do país ter anulado a sua destituição.
O tribunal decidiu por uma margem de sete contra um a favor da reintegração de Han, que se tinha tornado líder interino do país em meados de dezembro, na sequência da destituição do presidente conservador Yoon Suk-yeol.
Yoon foi suspenso pelos deputados por ter declarado de forma controversa a lei marcial em 3 de dezembro, uma medida que mergulhou o país na atual crise política.
Poucas horas após o anúncio do decreto de emergência, um número suficiente de políticos conseguiu entrar no parlamento para votar contra a medida. Em 14 de dezembro, Yoon foi destituído do cargo devido ao escândalo.
Han foi presidente interino durante apenas duas semanas, antes de também ser destituído.
Han recusou-se a nomear três juízes para preencher os lugares vagos no Tribunal Constitucional do país, o que, segundo a oposição, tornava menos provável a destituição de Yoon.
Em declarações aos jornalistas após a sua reintegração esta segunda-feira, Han congratulou-se com aquilo a que chamou "uma decisão sensata".
O Presidente da República fez também um apelo unidade nacional: "Não há esquerda ou direita - o que importa é o progresso da nossa nação".
Os apoiantes de Yoon saudaram a decisão da justiça de restabelecer Han como presidente interino.
No entanto, os analistas afirmam que a decisão do tribunal não os deve deixar demasiado esperançados.
Duyeon Kim, analista sénior do Centro para uma Nova Segurança Americana em Washington, afirmou que "é demasiado cedo para prever o veredito do tribunal sobre Yoon porque os pormenores específicos de ambos os casos e alegações são diferentes".
O país aguarda agora ansiosamente a decisão do Tribunal Constitucional sobre a manutenção ou não da destituição de Yoon.
Se o tribunal decidir contra Yoon, este será definitivamente destituído do seu cargo e serão convocadas novas eleições.