Moderna ou sensual? Escolha o seu estilo de Bachata

Moderna ou sensual? Escolha o seu estilo de Bachata
De  Euronews

Proibida durante a ditadura, a Bachata levou algum tempo para ser respeitada dentro e fora do país.

A Bachata é, ao mesmo tempo, um tipo de música e uma forma de dança. Nas últimas décadas, a Bachata tornou-se o símbolo da República Dominicana e hoje seduz além-fronteiras.

O 'tangoneio' de cintura é essencial. Se não mexermos a bacia e se não houver sensualidade, qualquer que seja a Bachata, moderna ou autêntica, não é possível dançá-la.

Proibida durante a ditadura, a Bachata levou algum tempo para ser respeitada dentro e fora do país.

“Há muitos dominicanos que não gostam da Bachata porque ela era ilegal, era considerada uma dança vulgar e sensual que não devia ser dançada pelas pessoas de classe alta porque era de baixo nível. Por isso, há um estigma associado à Bachata. A dança nacional é o merengue, mas, a popularidade da bachata está a crescer graças ao Romeo Santos e ao Juan Luis Guerra que têm promovido a Bachata no mundo inteiro”, explicou Rudy El Tiguere, diretor da Escola de Dança Island Touch Dance Academy, na República Dominicana.

Nascida nos anos 60, a Bachata, enquanto forma musical, foi evoluindo ao longo dos anos. “Começámos com três instrumentos de música que foram depois substituídos pelas maracas e pela guitarra. Houve uma evolução e hoje há cinco instrumentos, a guitarra, a guitarra rítmica, o baixo, o bongo e o guiro. A música foi evoluindo e hoje em dia na Europa, a tónica está menos ao nível da musicalidade e mais ao nível da voz”, considerou o professor de dança Samy El Magico.

Além da música, os temas das canções também evoluíram.

“Antes, as canções falavam de amargura e de desamor. As letras falavam de alguém que ia a um bar e que encontrava a mulher com outro homem…Hoje em dia, já não é assim.Cantamos o amor. É tudo mais romântico e carinhoso”, contou o músico Joan Soriano.

O sucesso da Bachata ultrapassa as fronteiras da República Domincana. Músicos como Romeo Santos e Prince Royce contribuíram para a popularidade global deste género musical. A própria dança evolui e há diferenças na forma de dançar quando se passa de um país para o outro.

“Os espanhóis e os italianos cultivam um estilo mais sensual, há ondulações, a dança é mais sexy. Em França, mistura-se tudo e faz-se uma fusão. Esse estilo chama-se moderno. Mas o estilo sensual também é praticado. Na República Dominicana, a bachata é mais autêntica, mais simples tecnicamente, tem mais a ver com uma forma de sentir as coisas”, explicou David Riquelme, diretor da escola de dança Scène Attitude.

Sensual, autêntica, urbana ou de fusão: as formas da Bachata multiplicaram-se, mas, há elementos comuns a todos a todos os estilos.

“O ‘tangoneio’ de cintura é essencial. Se não mexermos a bacia e se não houver sensualidade, qualquer que seja a Bachata, moderna ou autêntica, não é possível dançá-la”, frisou Pipo.

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