O primeiro acordo de diálogo político e de cooperação entre a União Europeia e Cuba foi aprovado, quarta-feira, pelos eurodeputados, reunidos em sessão plenária em Estrasburgo (França).
O primeiro acordo de diálogo político e de cooperação entre a União Europeia e Cuba foi aprovado, quarta-feira, pelos eurodeputados, reunidos em sessão plenária em Estrasburgo (França).
Contudo, o acordo poderá ser suspenso se forem provadas violações dos direitos humanos na ilha. A entrada em vigor ocorre quando terminar o processo de ratificação pelos 28 Estados-membros da União.
A relatora da resolução, Elena Valenciano, criticou o plenário por não ter apelado expressamente ao levantamento do embargo económico dos Estados Unidos contra Cuba.
“Vai totalmente contra o sentido da História não condenar o embargo dos EUA contra a ilha. É algo que já ocorreu ao nível de quase todas as organizações multilaterais e no próprio Parlamento Europeu. Este embargo apenas prejudica o povo cubano, bem como muitas empresas europeias”, disse a eurodeputada espanhola de centro-esquerda.
#EPlenary is set to back the first ever EU-Cuba cooperation deal.
ElenaValenciano</a> explains ⬇ <a href="https://t.co/OqiFU55dun">pic.twitter.com/OqiFU55dun</a></p>— European Parliament (
Europarl_EN) July 4, 2017
Cuba era o único país latino-americano sem este tipo de acordo com a União Europeia, que revela, assim, uma postura oposta à do novo Presidente dos Estados Unidos. Donald Trump quer reverter a normalização das relações estabelecida pelo ex-Presidente Barack Obama.
O acordo de diálogo político e de cooperação começou a ser negociado em 2014 e foi assinado a 12 de dezembro de 2016, data em que os 28 Estados-membros derrogaram a “posição comum” da União Europeia que, desde 1996, impedia uma relação normal, devido à questão dos direitos humanos na ilha.
O acordo tem por base três capítulos: diálogo político, cooperação e diálogo político setorial, comércio e cooperação comercial.