Apesar do corte de 1,6 mil milhões de euros, Portugal é o quinto país da UE a receber a maior fatia dos fundos. Alterações dos critérios para o período entre 2021 - 2027 penalizou países de leste em detrimento do sul da Europa.
Hungria e Polónia são dos países que mais cortes vão sofrer nas Políticas de Coesão europeias entre 2021 e 2027.
A Comissão alterou os critérios para a distribuição do dinheiro e o bloco de leste sai penalizado em detrimento dos países do sul da Europa.
Além da riqueza produzida pelo país, Bruxelas passou a ter em conta o nível da taxa de desemprego ou o acolhimento a migrantes.
A comissária europeia da Política Regional, Corina Cretu, garante que não se trata de punir os países de leste por terem fechado as fronteiras aos migrantes.
"Olhemos para o caso da Itália, no norte e no sul, ou para a Grécia. Outras regiões são confrontadas com as consequências da imigração e não podemos ignorar isto. Encontrámos um método de alocar os fundos que é equilibrado e justo na distribuição do dinheiro da coesão que vai para onde é mais necessário"
Portugal deverá ter um corte de 7% dos fundos de coesão, mas ainda assim será o quinto país que mais dinheiro recebe durante estes oito anos, cerca de 21 mil e 200 milhões de euros.
O pacote total das Políticas de Coesão é de 373 mil milhões de euros, menos quase 10% que o quadro atual.