Resgate falhado entre Marrocos e Espanha

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De  Francisco Marques com EFE
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Pelo menos 22 pessoas continuam ainda desaparecidas após o naufrágio de uma embarcação com cerca de meia centena à bordo, incluindo crianças

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Pelo menos 22 migrantes continuam desaparecidas ao largo de Marrocos após a localização e socorro de uma barcaça com alegadamente 49 pessoas a bordo, incluindo crianças, que estaria em rota para Espanha.

A embarcação estava sinalizada desde terça-feira, dia em que se terá feito ao mar em Alhucema, no norte de Marrocos, com destino a Espanha, de forma clandestina.

Uma ONG teria alertado a missão espanhola Salvamento Marítimo da partida desta embarcação e, desde terça-feira à tarde, um avião da missão europeia Frontex percorreu a área em busca de sinais dos migrantes.

A busca foi ainda reforçada pelo avião "Rescue 12A" da Força Aérea espanhola e por mais uma aeronave da Frontex na manhã de quarta-feira.

A operação oficial de busca e resgate falhou.

A embarcação foi localizada e socorrida na tarde de quarta-feira, 11 milhas a norte do Cabo Três Forcas, em zona de busca e salvamento marroquina, por um "ferry" comercial, denominado "Vronskiy", que estabelece as ligações marítimas entre Almería, Alhucemas e Nador.

A bordo foram, no entanto, resgatadas apenas 27 das alegadas 49 pessoas que teriam embarcado em Marrocos. Todas subsarianas, sublinharam os oficiais do "ferry."

Seis dos sobreviventes -- três homens em estado considerado grave, duas mulheres e uma criança -- foram transportados de helicóptero para o centro hospitalar de referência em Almería.

Os restantes 21 resgatados chegaram esta quinta-feira ao Porto de Motril, em Granada. De acordo com a EFE, todos em bom estado de saúde.

Sem esperança de encontrar os 22 desaparecidos desta semana, a Comissão Espanhola de Ajuda aos Refugiados (CEAR) estima já terem morrido, só este ano, 218 pessoas a tentar atravessar o Mediterrâneo rumo a Espanha.

No ano passado, Espanha tornou-se na principal porta de entrada marítima de migrantes na Europa, com mais de 56 mil chegadas. A CEAR registou também pelo menos 769 mortos na tentativa de concretizar esta travessia clandestina, o balanço mais trágico na região desde 2006.

"Perante mais esta tragédia, fica claro o fracasso deste modelo (de busca e salvamento) e as consequências de retirar o nosso serviço Salvamento Marítimo da área para lá da zona SAR", sublinhou o CEAR, em pleno Dia Mundial do Refugiado.

Outras fontes • El Diario

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