Europa respira de alívio com vitória de Macron

A sede da União Europeia, em Bruxelas, e os chefes das instituições europeias estão em modo de celebração, esta manhã, por Emanuel Macron, pró-europeu, ter vencido as eleições francesas. Os líderes da UE foram rápidos a felicitar o amigo - Emmanuel Macron - que conhecem e em quem confiam.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, escreveu no Twitter: "juntos faremos avançar França e a Europa." E o seu homólogo, o chefe do Conselho da UE Charles Michel escreveu "BRAVO Macron- podemos contar contigo".
Falando um pouco mais livremente, o antigo presidente do Conselho Europeu, o polaco Donald Tusk escreveu: "Mais Europa/Menos Rússia- Vive La France" (uma menção aos laços que ligam Marine Le Pen a Vladimir Putin).
O antigo primeiro-ministro belga e eurodeputado, Guy Verhofstadt disse "UE deux points, Populistas 0" - um acenar aos eleitores eslovenos que este fim de semana foram, também, às urnas e escolheram um liberal recém-chegado em vez do populista Janez Jansa.
E, de facto, muitos apoiantes da União Europeia têm-se manifestado hoje no Twitter. Esta eleição é uma boa notícia para França e é uma boa notícia para a Europa. A razão é simples: a rival de Macron, Marine le Pen, aqui na capa desta semana do Politico - não tem amigos ou aliados aqui em Bruxelas na esfera política europeia... Para além dos eurodeputados do seu partido de extrema-direita ID (Identidade e Democracia).
E há uma imagem semelhante nas primeiras páginas dos jornais europeus desta manhã... O belga "De Standaard"
Faz manchete com: "Grande UFF na Europa devido à vitória de Macron"
Em Itália o "La Republicca" escreve "Com Macron, a Europa ganha"
Mas o jornal espanhol "EL PAIS" faz manchete com - "Macron derrota Le Pen numa França fraturada"
E este último ponto, apesar do alívio inicial, é um dos destaques da maioria dos jornais - o quão dividida está França e o quão infeliz estão tantos eleitores. Já para não falar da abstenção. E isto foi mencionado, também, no irlandês "Sunday Independent" de ontem. Eilis O'Hanlon escreveu: "Comecem a ouvir o povo ou prepararem-se para o populismo". Dizendo que não vale a pena dizer às pessoas que a União Europeia está em boa forma para lidar com uma crise económica se as pessoas estão em dificuldades e não sentem isso na vida quotidiana. Um alerta, em vários jornais de hoje, de que os políticos não podem ser complacentes e têm de abordar as preocupações das pessoas, especialmente a crise do custo de vida.