Espanha: inflação e vaga de calor agravam pobreza energética

A subida dos preços da energia está a tornar-se insustentável para muitas famílias
A subida dos preços da energia está a tornar-se insustentável para muitas famílias Direitos de autor AP Photo/Manu Fernandez
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A Euronews falou com Monica Guiteras Blaya, que trabalha com a associação Enginyeria Sense Fronteres (Engenheiros sem Fronteiras Catalunha), sobre o agravamento da crise energética para aqueles que não podem pagar as contas

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A situação das famílias com dificuldades para pagar as faturas energéticas piorou, agravada pelo aumento dos preços e por uma vaga de calor asfixiante na Europa.

Monica Guiteras Blaya trabalha em Barcelona com a associação Enginyeria Sense Fronteres (Engenheiros sem Fronteiras Catalunha) para ajudar pessoas vulneráveis ​​a obter informações sobre como reduzir as contas com a energia.

"É uma situação muito difícil para as famílias em geral", disse Guiteras Blaya à Euronews.

“Mas para quem está em situação de pobreza energética, as coisas pioraram consideravelmente porque a falta de estabilidade dificulta muito a organização (dos gastos diários) das famílias”, acrescentou.

Em junho, a inflação na zona euro atingiu os 8,6%, impulsionada principalmente pelos preços da energia, de acordo com o Eurostat, o gabinete de estatísticas da União Europeia.

Na Espanha, não se trata apenas de aquecer as casas durante o inverno, mas também de lidar com as altas temperaturas em plena crise climática.

"Estamos a falar de pessoas que não conseguem ter as ventoinhas a funcionar o dia inteiro. Talvez pudessem fazê-lo, mas têm medo do que isso representaria nas faturas no fim do mês."

Guiteras Blaya organiza assembleias coletivas para ajudar as pessoas em situação de pobreza energética a obter informações e conhecimentos para lidar com o problema.

Assegura que tem havido um aumento do número de pessoas preocupadas que procuram informações e que não têm uma rede de apoio.

Acrescenta que o teto sobre os preços do gás não é suficiente e que é preciso mais mudanças estruturais para que as famílias não sejam impactadas pelas mudanças do mercado.

"A energia, acreditamos, é um direito humano", refere Guiteras Blaya .

Assista à entrevista no vídeo acima.

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