António Costa: UE deve usar "lição da Covid-19" na crise energética

António Costa, primeiro-ministro de Portugal
António Costa, primeiro-ministro de Portugal Direitos de autor AP Photo
De  Efi KoutsokostaIsabel Marques da Silva
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Primeiro-ministro português considera que a guerra na Ucrânia é um ponto de viragem para a política europeia, mas que as soluções existem se houver vontade comum.

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"Quando tivemos de enfrentar a Covid-19, fizemo-lo em conjunto. Demos uma resposta conjunta e isso ajudou-nos a ultrapassar essa crise. Logo, precisamos de aprender essas lições, fazer o que fizemos quando precisámos de vencer o vírus e fazê-lo agora para construir a paz", respondeu o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, à euronews, quando questionado sobre soluções para a atual crise derivada da guerra na Ucrânia, por ocasião da sua participação no congresso do Partido Socialista Europeu, no passado fim-de-semana, em Berlim (Alemanha).

Em antevisão da cimeira da União europeia, em, Bruxelas, que começa esta quinta-feira, Costa disse que os 27 Estados-membros estão perto de encontrar uma "resposta comum" para enfrentar a crise energética, acrescentando que precisam de "reforçar as interligações entre si e apoiar as empresas, postos de trabalho e rendimentos familiares".

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Primeiro-ministro de Portugal cumprimentado por homólogo espanhol, na presença de homólogo alemãoAP Photo

Urgência na transição para novo modelo energético

O primeiro-ministro português acrescentou que a guerra na Ucrânia é um ponto de viragem para a política europeia.

"Há uma nova visão, por exemplo, sobre as alterações climáticas e as políticas para a transição energética. Está claro para todos que agora temos de acelerar a transição energética porque a dependência que tínhamos da Rússia é uma fraqueza para a Europa, se quisermos ser autónomos. Se quisermos reforçar a nossa capacidade de influenciar a sociedade global, temos de ser independentes em termos energéticos", afirmou.

Mas instou a União Europeia a ser otimista em relação ao futuro, observando que o continente tem enfrentado uma multiplicidade de crises na sua História recente: "Nos últimos anos, vivemos uma crise financeira, vivemos uma crise económica, vivemos uma crise de saúde, e agora temos de enfrentar novamente outras crises. Mas, tal como fizemos em crises anteriores, seremos capazes de ultrapassar esta situação, reforçando a confiança das pessoas".

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