Presidente ucraniano quer começar conversações para aderir à UE já em 2023
Em Kiev, tomam-se decisões para toda a União Europeia. A cimeira desta sexta-feira formalizou os próximos apoios à Ucrânia e começou a responder à pretensão de adesão do país ao bloco europeu.
Ursula von der Leyen, a presidente da Comissão Europeia, chegou a Kiev esta quinta-feira, juntamente com o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell e quinze comissários para se reunirem com Volodymyr Zelenskyy. A deslocação em si é já uma forte manifestação do empenho de Bruxelas em fazer face a Moscovo.
Estes foram alguns dos principais desenvolvimentos durante o dia.
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Direto finalizado
"Vamos fazer a Rússia pagar pela destruição brutal", garante Von der Leyen
Presidente da Comissão Europeia volta a sublinhar o apoio incondicional a Kiev.
Von der Leyen: "Passei por aquilo que os ucranianos vivem todos os dias"
A jornalista da Euronews, Sasha Vakulina, relata que Ursula von der Leyen esteve esta manhã na Praça Maidan, no centro de Kiev, e que teve de procurar abrigo quando soaram os alarmes antiaéreos. A líder europeia afirmou que passou por uma "experiência que os ucranianos vivem todos os dias".
Zelenskyy afirma que cimeira em Kiev "prova que a Rússia não pode vencer"
Presidente ucraniano diz que a realização da cimeira europeia em Kiev é "a prova de que a Rússia não vai conseguir vergar" a Ucrânia.
Ursula von der Leyen afirma que o país é uma inspiração para a Europa.
Novo pacote de ajuda europeia de 450 milhões de euros à Ucrânia
O reforço dos apoios da UE a Kiev, anunciados durante a cimeira que está a decorrer, eleva a perto de 50 mil milhões de euros as ajudas atribuídas desde a invasão russa.
Borrell anuncia 25 milhões de euros para desminagens na Ucrânia
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, anunciou ajudas na ordem dos 25 milhões de euros para operações de desminagem no território ucraniano. A declaração foi efetuada durante uma visita a uma floresta nos arredores de Kiev, à margem da vigésima quarta cimeira entre a UE e a Ucrânia.
Autoridades da Crimeia nacionalizam cerca de 500 propriedades ucranianas
As autoridades do território anexado por Moscovo em 2014 anunciaram o processo de nacionalização de perto de 500 propriedades de políticos e empresários ucranianos.
O presidente do parlamento local, Vladimir Konstantinov, precisou tratar-se de propriedades "pertencentes a bancos, empresas, infraestruturas turísticas e desportivas".
NATO exige que Rússia cumpra o novo acordo nuclear
A NATO veio pedir, esta sexta-feira, que Moscovo cumpra o chamado Novo Start, o mais recente acordo nuclear entre Rússia e Estados Unidos.
A organização insta ao cumprimento das "obrigações assumidas em virtude do tratado, que facilitam as inspeções em território russo".
Kremlin declara que o veto da UE ao petróleo vai desequilibrar os mercados
Moscovo afirma que o novo embargo europeu aos produtos petrolíferos russos, previsto para o dia 5 de fevereiro, vai desequilibrar o mercado energético mundial.
Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que estão a ser tomadas medidas para proteger os interesses russos face a este passo.
Charles Michel promete "apoiar" a adesão da Ucrânia à UE
O presidente do Conselho Europeu chegou esta manhã a Kiev e declarou o apoio à entrada da Ucrânia no bloco europeu "em cada etapa da viagem".
Volodymyr Zelenskyy, o presidente ucraniano, considera que o país pode começar, já em 2023, as conversações com vista à entrada na UE, na sequência do avanço da candidatura oficial em junho do ano passado. O objetivo, demasiado ambicioso para alguns, seria aceder em 2026.
Von der Leyen pretende implementar mais sanções contra a Rússia a partir de 24 de fevereiro, quando se assinala o primeiro aniversário da invasão. Segundo a Comissão Europeia, as medidas já tomadas fizeram a economia russa "recuar uma geração". Para Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Von der Leyen pretende aniquilar a Rússia, chegando a compará-la aos líderes nazis.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, declarou que Moscovo vai utilizar todos os seus recursos para responder à altura dos novos fornecimentos ocidentais de armas a Kiev.
A posição da Alemanha
Berlim afirma que pretende enviar mais tanques Leopard1, juntamente com os 14 Leopard2 já acordados na semana passada, escreveu esta sexta-feira o Süddeutsche Zeitung.
O problema nesta operação será a falta de munições para os modelos de tipo 1, uma vez que provêm de países como o Brasil, que recusam participar no envio de material bélico para a Ucrânia.