"Estado da União": O futuro da Rússia pós-Putin pode ser já preparado?

Destruição de uma barragem levou à retirada de milhares de pessoas no sul da Ucrânia
Destruição de uma barragem levou à retirada de milhares de pessoas no sul da Ucrânia Direitos de autor LIBKOS/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
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De  Stefan GrobeIsabel Marques da Silva
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O aprofundar da cisão entre Polónia e União Europeia (UE) ao nível do Estado de direito, a evolução da guerra na Ucrânia e o futuro da Rússia quando o conflito terminar estão em destaque neste programa de resumo da semana política na UE.

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Foi uma má semana para o governo populista polaco que viu o Tribunal de Justiça da União Europeia (UE) decidir contra a sua reforma judicial, considerando que viola a legislação comunitária.

A controversa reforma judicial não é a única forma escolhida pelo Governo polaco parar cimentar o seu poder. Aprovou, recentemente, uma nova lei destinada a combater a influência russa, que visa limitar o espaço de manobra dos opositores políticos, segundo os críticos.

Este facto suscitou a condenação da Comissão Europeia que, apenas dois dias após o acórdão, passou à ofensiva: "O Colégio concordou em dar início a um procedimento por infração, enviando uma carta de notificação formal em relação à nova lei sobre a comissão estatal para a análise da influência russa", anunciou Valdis Dombrovskis, vice-presidente do executivo comunitário.

Outro destaque da semana é a destruição de uma enorme barragem construída na era soviética, no rio Dnipro, que separa as forças ucranianas e russas, no sul da Ucrânia. 

A ruptura provocou inundações em toda a zona de combate, mais de 40 mil pessoas ficaram em risco devido às inundações, muitas residências foram evacuadas e várias pessoas morreram afogadas.

Já no Parlamento Europeu, membros da oposição russa, alguns deles exilados, reuniram-se para debater o futuro da Rússia pós-Putin e medidas para restaurar o regime democrático no país.

A euronews entrevistou Sven Biscop, diretor do programa "A Europa no Mundo" do Instituto Real Egmont para as Relações Internacionais, sobre esse cenário.

"Parece que ainda existe um forte apoio popular à guerra. Isso pode evoluir, mas, de momento, existe. Também é difícil ver quem poderá tomar a iniciativa de afastar Putin, porque isso seria, obviamente, um risco enorme. E penso que os únicos que o podem fazer são aqueles que estão no controlo da força militar. Por isso, de momento, penso que é melhor basearmos a nossa estratégia no cenário mais provável, que é o regime manter-se no poder e continuar a guerra", explicou.

(Veja a entrevista na íntegra em vídeo)

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