Sanções: Antuérpia certificará diamantes para determinar origem russa

Todos os diamantes que forem vendidos num dos países que impõem as sanções terão de ser certificados em Antuérpia
Todos os diamantes que forem vendidos num dos países que impõem as sanções terão de ser certificados em Antuérpia Direitos de autor Virginia Mayo/Copyright 2018 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Virginia Mayo/Copyright 2018 The AP. All rights reserved.
De  Aida Sanchez Alonso
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O setor dos diamantes na cidade belga de Antuérpia, um dos mais importantes do mundo, começa a preparar-se para aplicar as sanções contra os diamantes russos.

PUBLICIDADE

As sanções foram decididas por consenso entre a União Europeia (UE) e o G7 (grupo que junta as sete maiores economias do mundo) e serão aplicadas a partir de 1 de janeiro. A Rússia é o maior exportador de diamantes brutos a nível mundial, com 30% da produção total em volume.

Mas determinar a proveniência de diamantes não é fácil, alertam os especialistas: "Este será um novo sistema de cadeia de blocos, no qual a transformação do diamante é totalmente registada e em que se pode acompanhar tudo o que se passa com os diamantes", disse, à euronews, Koen Vandenbempt, professor na Universidade de Antuérpia.

Todos os diamantes que forem vendidos num dos países que impõem as sanções terão de ser certificados em Antuérpia. Graças a este sistema, a cidade belga poderá manter um importante papel na monitorização do produto de luxo e na aplicação das sanções.

"Antuérpia foi sempre o mais importante centro de comércio de diamantes. Estávamos a perder isso. Com o sistema atual, que considero ser muito bom, os fluxos voltarão para a União Europeia e isso terá um impacto", acrescentou o académico.

Cerca de 70% dos diamantes produzidos a nível mundial são adquiridos pelos países da UE e do G7. Assim, espera-se que as sanções tenham um forte impacto no corte de receitas russas, que rondam quatro a cinco mil milhoes de euros, por ano, sobretudo via empresa Alrosa.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Nova ronda de sanções da UE contra a Rússia visa diamantes

A dificuldade de aplicar sanções aos diamantes russos

Polónia: Conferência do partido PiS contra o Pacto Verde, o super-Estado europeu e contra a Alemanha