Partidos políticos de Chipre receiam abstenção significativa e votos em branco e nulos nestas eleições europeias.
No próximo domingo, os eleitores cipriotas votam para as eleições europeias e locais.
Um potencial aumento dos votos em branco e nulos, bem como uma abstenção significativa são as principais preocupações para os partidos políticos em Chipre.
O presidente cipriota, Nicos Christodoulides, apelou à participação dos eleitores na votação.
"As eleições europeias preocupam-nos, as eleições europeias afetam-nos a todos. Uma forte participação enviará uma mensagem da importância que atribuímos a uma Europa mais forte, mais resiliente, mais estrategicamente autónoma, mais unida e, naturalmente, mais eficiente", declarou o chefe de Estado do país.
Os partidos políticos no país insular terminam a campanha eleitoral com grandes comícios. O objetivo é conquistar o maior número possível dos seis lugares a que Chipre tem direito no Parlamento Europeu.
Após 20 anos desde a adesão à União Europeia, que é amplamente considerado como a realização mais significativa do país, os cipriotas acreditam que há mais a ser feito.
"Uma questão que enfrentamos é o problema financeiro. Os preços de todos os bens estão a disparar, as pessoas não podem viver adequadamente. É difícil, algo tem que ser feito. E outra questão de grande preocupação é com os imigrantes. O país está cheio deles", denuncia uma eleitora.
"Penso que a Europa deveria tratar mais seriamente da questão de Chipre. Não esqueçamos que um terço de Chipre está sob a ocupação da Turquia. A UE não vê isso como uma ocupação, mas como uma diferença entre duas comunidades, mas não é assim", critica outro eleitor.
"O que eu quero é o fim da guerra. A UE deve fazer algo a respeito disso. Quero que quem eventualmente nos representa seja capaz de lidar com a nova geração, de nos proporcionar oportunidades, de forma a podermos sonhar e fazer planos, sem qualquer limite", defende um jovem.
O custo de vida e a imigração dominaram a campanha eleitoral em Chipre. Além disso, a possibilidade de a União Europeia exercer pressão sobre Ancara e, assim, contribuir para a solução da questão cipriota foi uma questão central no debate público. Afinal, este ano marca 50 anos desde a invasão das tropas turcas na ilha.