Democratas-cristãos e socialistas mantém-se como as forças dominantes no Parlamento Europeu, apesar do crescimento da extrema-direita
Os quatro dias de votação nos 27 países da União Europeia foram o segundo maior exercício de democracia do mundo, a seguir às recentes eleições na Índia. E os resultados foram surpreendentes para alguns analistas, que não previam uma ascensão tão significativa da extrema-direita.
Os maiores derrotados foram dois dos líderes mais importantes do bloco comunitário: o presidente francês Emmanuel Macron, que acabou por dissolver a Assembleia Nacional em França, convocando eleições antecipadas, e o chanceler alemão Olaf Scholz, que pertence à família socialista, e obteve o pior resultado de sempre numas europeias.
Ainda assim, no Parlamento Europeu continuarão a dominar os democratas-cristãos e os socialistas, os dois grupos tradicionais e pró-europeus.
Outro dado relevante destas eleições foi a descida do partido dos Verdes, que perdeu votos para a extrema-direita: estima-se que tenham perdido cerca de 20 lugares no hemiciclo. Em 2019, tinham conseguido ser a quarta maior força no Parlamento Europeu.