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Itália destaca sucesso inegável da cimeira do G7 apesar de controvérsia em torno do aborto

Itália detém a presidência rotativa do G7 este ano
Itália detém a presidência rotativa do G7 este ano Direitos de autor AP Photo/Andrew Medichini
Direitos de autor AP Photo/Andrew Medichini
De  Giorgia OrlandiEuronews
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Entre os principais temas abordados pelas sete maiores economias mundiais esteve o plano para conceder à Ucrânia um empréstimo de 50 mil milhões de dólares a pagar com juros a partir de ativos russos congelados no estrangeiro.

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"Um sucesso inegável". Na conferência de imprensa final do G7, as palavras da primeira-ministra italiana não deixaram espaço para interpretação. Giorgia Meloni é uma exceção entre outros líderes do G7, sendo a única a sair mais forte das eleições europeias, com alguns países a irem a eleições nacionais em breve.

A guerra na Ucrânia estava no topo da agenda. O acordo de 50 mil milhões de dólares (cerca de 46 mil milhões de euros) para ajudar o país, através de lucros sobre ativos russos congelados, foi uma das principais conquistas da cimeira, algo que não era dado como garantido, de acordo com Meloni.

"Tencionamos continuar a apoiar a Ucrânia. Decidimos reforçar os nossos esforços e as nossas ações com uma abordagem de 360 graus para permitir ao país agredido olhar para o futuro.", afirmou a primeira-ministra de Itália.

Em contrapartida, o G7 foi acusado de dois pesos e duas medidas por oferecer apoio reforçado à Ucrânia em comparação com a posição mais branda dos líderes sobre a guerra em Gaza.

Um dos temas mais comentados na cimeira foi a ausência da palavra "aborto" na declaração final. Muitos suspeitaram que isso tinha criado tensões entre a Itália e a França. Meloni rejeitou a questão, dizendo que foi feito para evitar que o documento fosse muito repetitivo.

A Itália, que detém a presidência rotativa do G7 este ano, recusou-se a ceder à pressão francesa para incluir a palavra, alegando que não havia necessidade de repetir a linguagem assumida pelos líderes na cimeira de Hiroxima, no Japão, no ano passado.

"Quando uma declaração está a ser repetida, os documentos anteriores são referenciados. Acredito sinceramente que a controvérsia foi totalmente inventada e, de facto, é uma controvérsia que não existiu na cimeira", garantiu Meloni.

Conseguir ter o Papa entre os líderes convidados da cimeira, uma novidade para um pontífice, também foi amplamente entendido como um impulso para a posição de Meloni que é contra o aborto.

O consenso geral sobre a abordagem da Itália ao continente africano foi outro dos destaques do encontro, de acordo com a primeira-ministra italiana. A inclusão de países do Sul Global para tornar a cimeira mais inclusiva também foi um dos principais objetivos de Meloni. Mas, a longo prazo, ainda não se sabe que resultados concretos trará.

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