Travessia do Mediterrâneo continua a ser letal para muitos migrantes.
Dois naufrágios ao largo da costa sul de Itália causaram a morte a pelo menos 11 migrantes e deixaram dezenas de desaparecidos, de acordo com agências das Nações Unidas.
Na segunda-feira, um barco que transportava migrantes incendiou-se e virou-se a cerca de 200 quilómetros da costa da Calábria. Os sobreviventes relataram que a embarcação estava no mar há oito dias.
A operação de salvamento teve início após o alerta ter sido dado a partir de um barco francês que se encontrava nas proximidades, segundo informou a guarda costeira italiana em comunicado.
Cerca de 12 sobreviventes foram resgatados e levados para o porto de Roccella Jonica para receberem tratamento médico, tendo um deles morrido pouco depois de chegar; 64 pessoas foram dadas como desaparecidas, a maioria do Irão, da Síria e do Iraque, de acordo com as agências da ONU, citadas pela AP.
Já perto da ilha de Lampedusa, foi detetado também esta semana um barco de madeira, que parecia ter naufragado, e que transportava 61 pessoas. A tripulação do navio humanitário alemão Nadir conseguiu retirar 51 pessoas da embarcação, incluindo duas que estavam inconscientes.
Foram ainda encontrados dez corpos de migrantes presos ao convés do barco que transportava migrantes vindos sobretudo do Bangladesh, Paquistão, Egito e Síria.
Os Médicos Sem Fronteiras (MSF) têm estado a prestar assistência psicológica e primeiros socorros aos sobreviventes.
De acordo com a Organização Internacional para as Migrações, mais de 3.150 migrantes morreram ou desapareceram no Mediterrâneo no ano passado, o que faz desta a rota migratória mais mortífera do mundo.