A doação da Roménia surge após os muitos, e repetidos, apelos da Ucrânia aos aliados para que que reforcem os apoios em matéria de defesa aérea.
A Roménia, membro da NATO, anunciou esta quinta-feira após uma reunião do Conselho Superior da Defesa Nacional, presidida pelo presidente romeno Klaus Iohannis, que iria enviar um sistema de mísseis Patriot para a Ucrânia. "Tendo em conta a deterioração significativa da situação de segurança na Ucrânia, os membros do conselho decidiram doar um sistema Patriot à Ucrânia em estreita coordenação com os aliados", declarou o Conselho Superior de Defesa Nacional em comunicado.
O presidente indicou que se baseou numa avaliação técnica exaustiva feita pelas autoridades romenas, tendo em conta o risco de eventuais vulnerabilidades para a Roménia.
"Esta doação é feita na condição de o nosso país prosseguir as negociações com os aliados, especialmente com o parceiro estratégico americano, a fim de obter um sistema semelhante ou equivalente, que responda à necessidade de garantir a proteção do espaço aéreo nacional", pode ler-se na declaração.
Os países da NATO têm-se mostrado cautelosos no fornecimento de sistemas Patriot, também para garantirem a proteção do seu próprio espaço aéreo.
A Roménia, que faz fronteira com a Ucrânia, precisava de "uma solução temporária para cobrir a vulnerabilidade operacional assim criada", acrescenta o comunicado.
As negociações sobre o eventual envio a Kiev de um sistema Patriot pelos romenos começaram no início de maio, quando o presidente romeno Johannis se encontrou com Joe Biden durante uma visita aos EUA.
Na altura, o Johannis deixou claro que "se a Roménia cede algo, tem de receber algo em troca."
O presidente ucraniano já reagiu à notícia, destacando a importância desta ajuda. "Esta contribuição crucial reforçará o nosso escudo aéreo e ajudar-nos-á a proteger melhor o nosso povo e as nossas infraestruturas críticas do terrorismo aéreo russo", afirmou Zelenskyy.