O Presidente Ilham Aliyev, reeleito em fevereiro, procura recuperar maioria absoluta no parlamento para o seu partido.
Os eleitores do Azerbaijão foram chamados às urnas para eleger os membros do parlamento nacional do país, a primeira desde que o país recuperou o controlo total de um antigo território separatista numa ofensiva relâmpago no ano passado.
Vinte e cinco partidos políticos estão a participar nestas eleições na esperança de alcançar os votos necessários para governar o país durante os próximos cinco anos.
Não se espera que a votação para o parlamento Milli Mejlis traga mudanças significativas ao órgão dominado pelo partido Novo Azerbaijão, do Presidente Ilham Aliyev, reeleito no passado mês de fevereiro.
O Presidente do Azerbaijão votou numa mesa de voto no parlamento Milli Mejlis, em Baku, ao lado da sua mulher, a Vice-Presidente Mehriban Aliyeva, e da sua filha, Leyla Aliyeva.
“Estou a votar para melhorar o nosso sistema educativo, com a esperança de que, dentro de cinco anos, haja mais oportunidades de emprego e menos desemprego. Estou a votar por um futuro melhor e por um progresso positivo no nosso país”, disse um eleitor.
“É meu dever participar ativamente nas eleições”, disse outro eleitor. “É por isso que estou aqui hoje - para votar por uma vida estável e próspera”, acrescentou.
Vinte e cinco partidos políticos estão a participar nestas eleições, sendo que os vencedores irão governar o país durante os próximos cinco anos. 990 candidatos estão a concorrer a 125 lugares no Parlamento.
As eleições decorrem no meio de tensões geopolíticas
O partido no poder detém atualmente 69 dos 125 lugares, pertencendo a maioria dos restantes a pequenos partidos pró-governamentais ou independentes.
O partido Musavat, a principal formação da oposição, apresentou 34 candidatos para as eleições de domingo, mas apenas 25 foram registados. O partido da oposição Alternativa Republicana apresentará 12 candidatos.
As eleições deveriam ter sido realizadas em novembro, mas Aliyev decretou que se realizassem dois meses mais cedo, uma vez que, na data original, as eleições coincidiam com a realização da COP29, que acontece na capital do país Baku.
O escrutínio decorre no meio de desafios regionais e de tensões geopolíticas contínuas - com observadores internacionais a acompanharem de perto o processo eleitoral para garantir que este cumpre as normas democráticas.
De recordar que estas eleições realizam-se um ano depois de as forças azeris terem reconquistado, numa operação militar, a região de Karabakh, que desde 1994 estava sob o controlo de forças apoiadas pela Arménia, e de terem forçado a saída do governo autodeclarado.
O governo do Azerbaijão convidou 200 observadores internacionais para irem ao país verificar vários aspetos do processo eleitoral em curso.
O maior contingente de observadores, da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, deverá apresentar a sua avaliação preliminar do ato eleitoral na segunda-feira.
Mais de 6,4 milhões de pessoas registaram-se para votar.