A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que se vai encontrar com o presidente dos EUA, Donald Trump, no domingo, na Escócia, para "discutir as relações comerciais transatlânticas".
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, revelou que se vai encontrar com o presidente dos EUA, Donald Trump, no domingo, na Escócia.
Numa publicação no X onde anunciou o encontro, von der Leyen acrescentou que irão "discutir as relações comerciais transatlânticas e como podemos mantê-las fortes".
Esta sexta-feira, Trump afirmou que havia 50% de hipóteses, ou talvez menos, de os Estados Unidos chegarem a um acordo comercial com a UE, dizendo que Bruxelas queria "muito chegar a um acordo".
O presidente dos EUA estará na Escócia para uma visita de cinco dias, durante a qual deverá visitar dois campos de golfe de que é proprietário.
A Casa Branca disse anteriormente que Trump também se vai encontrar com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, durante a visita.
Estados-membros da UE já adotaram lista de retaliação
Os Estados-membros da União Europeia aprovaram, esta semana, a lista de tarifas retaliatórias proposta pela Comissão para contrariar as medidas comerciais dos EUA, tendo apenas a Hungria votado contra.
A lista inclui um pacote inicial de medidas adotadas no início de abril e visa produtos como aeronaves, automóveis e peças automóveis, sumo de laranja, aves, soja, aço e alumínio, iates.
O uísque Bourbon também foi incluído na lista, apesar do intenso lobby de França e da Irlanda, que temem retaliações dos EUA sobre vinhos e bebidas espirituosas. As indústrias da UE também foram consultadas antes da Comissão propor a lista aos Estados-membros.
As contramedidas só entrarão em vigor se não for alcançado um acordo até 1 de agosto, prazo estabelecido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, a partir do qual diz estar pronto para impor tarifas de 30% sobre as importações da UE.
Uma maioria qualificada dos Estados-membros também parece disposta a acionar o instrumento anticoação, que permitiria à UE atingir os serviços dos EUA caso não se chegue a um acordo.
A Alemanha resistiu durante muito tempo a utilizar esta poderosa bazuca, mas juntou-se agora a França, que há muito é uma forte defensora do instrumento anticoação.
Após um jantar, na quarta-feira, entre o chanceler alemão Friedrich Merz e o presidente francês Emmanuel Macron, uma fonte do Eliseu afirmou a visão comum dos dois líderes sobre as negociações em curso entre a UE e os EUA.
"Esperam um resultado satisfatório das discussões que salvaguarde os interesses da UE", disse a fonte, acrescentando "ao mesmo tempo que estavam a acelerar o trabalho sobre as contramedidas - incluindo o instrumento anticoação - em coordenação com a Comissão, caso não seja alcançado um acordo".
Os EUA impõem atualmente taxas de 50% sobre o aço e o alumínio vindo da UE, 25% sobre os automóveis e 10% sobre todas as importações.