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NASA lança "sentinela no céu para vigiar os furacões"

Um foguetão SpaceX Falcon Heavy descola da plataforma 39A no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, na Flórida, na terça-feira, 25 de junho de 2024.
Um foguetão SpaceX Falcon Heavy descola da plataforma 39A no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, na Flórida, na terça-feira, 25 de junho de 2024. Direitos de autor John Raoux/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor John Raoux/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De  Euronews
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O satélite GOES-U descolou do Centro Espacial Kennedy, na Florida, terça-feira à tarde. Será uma verdadeira "sentinela no céu para vigiar os furacões", diz a cientista-chefe do programa.

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O foguetão Falcon Heavy da SpaceX lançou em órbita o satélite meteorológico GOES -U, que persegue furacões, completando assim uma frota de quatro satélites.

O GOES-U foi impulsionado por 27 motores e orbitará a 22.300 milhas (cerca de 37.000 kms) acima da linha do equador para monitorizar as condições meteorológicas nos Estados Unidos.

O novo satélite fornecerá uma cobertura contínua, e em tempo real, das condições meteorológicas e ambientais perigosas, incluindo furacões, em grande parte do hemisfério ocidental.

Dan Lindsey, cientista-chefe do programa GOES da NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica), disse que, uma vez operacional, o GOES-19 "será a sentinela no céu para vigiar os furacões" gerados no Atlântico que ameaçam o leste dos Estados Unidos, as ilhas das Caraíbas, a América Central e a Costa do Golfo.

A câmara principal do satélite, a Advanced Baseline Imager, ou ABI, será capaz de "analisar estas grandes tempestades com uma frequência de 30 segundos para enviar avisos ao minuto ao público".

O instrumento ABI também monitoriza as erupções vulcânicas e as vastas nuvens de cinzas que geram e que podem constituir uma ameaça para os aviões.

Já Pam Sullivan, diretora do programa GOES, afirmou que "os satélites geoestacionários da NOAA são uma ferramenta indispensável para proteger os Estados Unidos e os mil milhões de pessoas que vivem e trabalham nas Américas".

O novo satélite está também equipado com um Mapeador Geoestacionário de Relâmpagos (GLM), um instrumento que deteta relâmpagos em furacões e outras tempestades severas. Os dados do GLM ajudam os investigadores a compreender melhor como a intensidade dos relâmpagos pode estar relacionada com o crescimento das tempestades.

Investigadores da Universidade de Wisconsin, no norte dos Estados Unidos da América, desenvolveram uma ferramenta chamada "LightningCast", um algoritmo de aprendizagem automática "que prevê a probabilidade de ocorrência de relâmpagos nos próximos 60 minutos", disse Lindsey.

"Imaginemos que há um evento desportivo ao ar livre. Os meteorologistas podem ver a probabilidade de ocorrência de relâmpagos na próxima hora e se a probabilidade for elevada, podem considerar avisar o público, colocar em segurança as pessoas que estão no campo e colocar em segurança os adeptos", explica Lindsey

O GOES-U também irá monitorizar o clima espacial, captando imagens das emissões de raios X e ultravioleta do Sol, medindo as alterações no vento solar e nos campos magnéticos, à procura de erupções solares e outros eventos de alta energia.

Este será o principal satélite de observação da região central dos Estados Unidos. "Lugares como o 'beco dos tornados', ou tempestades realmente severas em todo o território continental dos EUA. Uma das principais ameaças nas Planícies Centrais é algo chamado supercélula. Podemos ver os relâmpagos das supercélulas e enviar o aviso de relâmpagos ao público", esclareceu Lindsey.

A NOAA está a desenvolver satélites ainda mais potentes que acabarão por substituir esta família de quatro, o GOES-16, 17, 18 e 19.

O satélite descolou do Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, às 17h26 EDT (22h26 em Portugal Continental).

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