EventsEventosPodcasts
Loader
Find Us
PUBLICIDADE

Zelenskyy agradece aos EUA e ao Japão pelos pactos de segurança "históricos" no primeiro dia da cimeira do G7

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, fala aos jornalistas após assinar um acordo de segurança bilateral com Joe Biden na cimeira do G7, 13 de junho de 2024
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, fala aos jornalistas após assinar um acordo de segurança bilateral com Joe Biden na cimeira do G7, 13 de junho de 2024 Direitos de autor Andrew Medichini/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Andrew Medichini/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De  Euronews com AP
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied
Artigo publicado originalmente em inglês

A Ucrânia assinou um acordo de segurança com os EUA e outro com o Japão. O G7 aprovou ainda um empréstimo de 50 mil milhões de dólares provenientes dos ativos russos congelados.

PUBLICIDADE

Volodymyr Zelenskyy agradeceu aos líderes dos países do G7 por terem concordado em manter bloqueados os ativos russos sancionados até que Moscovo pague as reparações pela invasão da Ucrânia.

Este acordo abriu caminho a um pacote de empréstimos de 46 mil milhões de euros para Kiev.

"Chegámos a um acordo político para prestar apoio financeiro adicional à Ucrânia, no valor de cerca de 50 mil milhões de dólares [46 mil milhões de euros], até ao final do ano, através de um sistema de empréstimos", disse a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, citada pela AP.

O financiamento do empréstimo seria garantido através dos juros obtidos com os lucros dos ativos do banco central russo congelados. Os pormenores do acordo ainda estão a ser finalizados, mas os fundos podem chegar a Kiev antes do final do ano.

A maior parte do dinheiro seria fornecida sob a forma de um empréstimo do governo dos Estados Unidos, apoiado por lucros inesperados gerados por cerca de 278 mil milhões de euros de ativos russos congelados. Este dinheiro está a ser maioritariamente detido em países da União Europeia.

"Foram tomadas decisões sobre a utilização dos ativos russos em benefício da Ucrânia, tendo o G7 dado um primeiro passo significativo em relação a 50 mil milhões de dólares. Obrigado!" disse o presidente ucraniano, perante a cimeira do G7, citado pela AP.

Como é que o dinheiro pode ser utilizado?

Para além dos custos da guerra, as necessidades são substanciais. A última avaliação do Banco Mundial sobre a Ucrânia, publicada em fevereiro, estima que os custos de reconstrução e recuperação do país ascendam os 450 mil milhões de euros nos próximos 10 anos.

Durante mais de um ano, líderes de vários países debateram a legalidade de confiscar o dinheiro e de o enviar para a Ucrânia.

Os Estados Unidos e os seus aliados congelaram imediatamente todos os ativos do banco central russo a que tinham acesso, quando Moscovo invadiu a Ucrânia em 2022. Os ativos estão imobilizados e não podem ser acedidos por Moscovo, embora continuem a pertencer à Rússia.

Se os ativos russos forem descongelados no futuro, os lucros inesperados deixarão de estar disponíveis para reembolsar o empréstimo, o que obrigará a um acordo de partilha de encargos com outros países.

Acordos de segurança

A segurança da Ucrânia esteve no topo da agenda das conversações do primeiro dia do G7, que está a decorrer na região italiana de Apúlia, tendo sido assinados dois novos acordos com parceiros internacionais.

"Hoje, quase todas as nossas reuniões estão centradas no que os nossos militares estão a dizer, nas nossas necessidades e nas nossas capacidades neste momento, se o fornecimento é suficiente e atempado. Estamos a falar em acelerar a entrega dos pacotes anunciados para a Ucrânia", afirmou o presidente ucraniano, citado pela AP.

US President Joe Biden Ukraine's President Volodymyr Zelenskyy leave after they signed a bilateral security agreement during the G7 summit, June 13, 2024
US President Joe Biden Ukraine's President Volodymyr Zelenskyy leave after they signed a bilateral security agreement during the G7 summit, June 13, 2024Andrew Medichini/Copyright 2024 The AP. All rights reserved

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, assinou um acordo de segurança de 10 anos com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que ambas as partes saudaram como um marco nas relações e que se destina, segundo Biden, a "reforçar as capacidades de defesa e dissuasão da Ucrânia".

Biden afirmou que os EUA se comprometeram com cinco países, os quais não especificou, a fornecer mísseis Patriot e outros sistemas de defesa aérea à Ucrânia.

Biden disse que os países que estavam à espera dos mesmos sistemas de Washington foram informados de que teriam de esperar porque "tudo o que temos vai para a Ucrânia até que as suas necessidades sejam satisfeitas".

Demos três passos importantes no G7 que, coletivamente, mostram a Putin que não pode esperar por nós, que não nos pode dividir e que estaremos com a Ucrânia até que esta vença esta guerra.
Joe Biden
Presidente dos EUA

"No que diz respeito ao plano, trata-se de um plano em curso. Estamos a discutir com os nossos amigos ucranianos exatamente o que seria. Estamos a avançar muito nesse sentido. Conhecemos as suas linhas gerais. Ainda não o fizemos ao pormenor, mas sabemos o que a Ucrânia é capaz de fazer quando lhe é dado o material para se defender. E é exatamente isso que estão a fazer agora", afirmou Biden, citao pela AP.

De acordo com os meios internacionais, pensa-se que parte do acordo de segurança inclui ajuda militar e de formação, mas não compromete Washington a enviar tropas para terreno ucraniano. Biden salientou, ainda, que a assistência à segurança não forneceria à Ucrânia armas para atingir alvos no interior da Rússia.

"Faz muito sentido que a Ucrânia seja capaz de eliminar ou combater o que está a atravessar a fronteira. Em termos de armas de longo alcance, armas de longo alcance para o interior da Rússia, não alterámos a nossa posição em relação a esse tipo de armas", explicou Biden, citado pela AP.

PUBLICIDADE

Zelenskyy também assinou um acordo de segurança de 10 anos com o primeiro-ministro japonês Fumio Kishia. Este acordo prevê que o Japão disponibilize 4,5 mil milhões de dólares [4,1 mil milhões de euros] à Ucrânia, ainda este ano, para financiar a sua segurança e a sua defesa, bem como fornecer ajuda humanitária e cooperação técnica.

Zelenskyy referiu-se a este acordo, o primeiro assinado pela Ucrânia como um país não pertencente à NATO, como "histórico".

"As nossas relações com o Japão atingiram um nível que não existe em muitos países europeus. A Ucrânia aprecia muito isto. Trabalhamos em conjunto nos domínios da segurança, da política e da economia. Estamos também interessados em que a Ucrânia e o Japão sejam parceiros próximos na reconstrução, no restabelecimento da vida normal do nosso povo. E assim será", afirmou Zelenskyy, citado pela AP.

A cimeira do G7, que termina este sábado, conta com a participação dos líderes do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, bem como do presidente do Conselho Europeu e o presidente da Comissão Europeia, em representação da União Europeia.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

G7 concorda com empréstimo à Ucrânia de ativos russos

Aumentam preocupações com as propostas económicas dos partidos antes das eleições francesas

Roménia vai enviar sistema de mísseis Patriot para a Ucrânia