A extrema-direita dinamarquesa festeja um resultado histórico nas legislativas depois ter sido o segundo partido mais votado no sufrágio de
A extrema-direita dinamarquesa festeja um resultado histórico nas legislativas depois ter sido o segundo partido mais votado no sufrágio de quinta-feira, marcado pelo regresso da direita ao poder.
O Partido Popular Dinamarquês (DF), que defende a convocação de um referendo à permanência do país na União Europeia, não anunciou ainda se vai integrar o novo governo de coligação que vai ser liderado pelos liberais.
O líder da formação populista que duplicou o número de votos de 12% para 21%, Kristian Thulesen Dahl afirma-se surpreendido, “é um resultado excelente para o nosso partido mesmo que não tenhamos conseguido obter um número elevado de votos nas grandes cidades”.
Uma derrota amarga para a primeira mulher primeira-ministra do país, Hellen Thorning-Schmidt, que reconheceu ontem a vitória do bloco de partidos de direita (52,4% dos votos face a 47,3% para as formações de centro-esquerda), mesmo que o seu partido, Social-Democrata, tenha sido o mais votado do sufrágio, com 26,4% dos votos.
Schmidt anunciou igualmente que abandona a direção da formação depois de ter sido incapaz de conciliar as expetativas do eleitorado de esquerda, e em especial dos sindicatos, com a política de austeridade levada a cabo pelo executivo.
O próximo governo de coligação de centro-direita vai ser liderado pelo ex-primeiro-ministro Lars Lokke Rasmussen, o chefe do partido liberal, depois da formação ter obtido um dos piores resultados das últimas décadas. Um desafio complicado já pelas divisões entre liberais e populistas sobre o congelamento da despesa pública.