Aquarius aguarda novamente resgate, enquanto Médicos sem Fronteiras procuram soluções para os salvamentos no Mediterrâneo.
Enquanto o Aquarius se mantém, sem bandeira, ao largo da costa de Malta com 58 migrantes a bordo, em terra debate-se o futuro desta e doutras embarcações de resgate no Mediterrâneo.
Organizado pelos Médicos sem Fronteiras que, juntamente com a ONG SOS Mediterrâneo, tem acompanhado os salvamentos ocorridos junto à Líbia, o encontro traçou um retrato que vai muito além desta realidade.
"Antes o sistema tinha como foco a vida das pessoas. Agora já não é assim. As pessoas tornaram-se reféns do debate político. Todos os governos europeus são responsáveis por esta situação", declara Claudia Lodesani, presidente dos Médicos sem Fronteiras Itália.
Cinco países europeus, entre os quais Portugal, aceitaram acolher os passageiros do Aquarius. Malta acabou por autorizar o desembarque dos migrantes, transferidos primeiro para um navio maltês, uma vez que o Panamá lhe retirou a bandeira, não podendo portanto acostar. Depois os migrantes serão distribuídos, sabendo-se já que 15 terão como destino a Espanha e 10, Portugal.