Dois jornalistas da agência Reuters condenados a sete anos de prisão no Myanmar viram rejeitado recurso nos tribunais
A Justiça do Myanmar rejeitou o recurso dos dois jornalistas da agência Reuters, condenados a sete anos de prisão num processo que atiçou as tensões entre o país e a comunidade internacional.
Wa Lone, de 32 anos, e Kyaw Soe Oo, de 28 anos, foram considerados culpados em setembro de 2018 de violarem a Lei dos Segredos Oficiais, um decreto da era colonial, por terem em sua posse documentos confidenciais que lhes tinham sido entregues por dois polícias.
Quando foram detidos, os dois jornalistas investigavam a morte de dez membros da minoria rohingya no quadro de uma operação policial em 2017.
O presidente da agência Reuters, Stephen Adler, diz que "informar não é um crime e até que o Myanmar corrija esse erro terrível, a imprensa no país não será livre e o compromisso do Myanmar com o Estado de Direito e a democracia será questionado".
A defesa dos dois jornalistas - que desde o início dizem ter sido vítimas de uma armadilha - poderá ainda apresentar um último recurso, perante o Supremo Tribunal do país.