Para o ministro do Interior italiano, extremistas são os que governaram a União Europeia nos últimos vinte anos
A cidade italiana de Milão foi este sábado a capital dos partidos nacionalistas da Europa e Matteo Salvini assumiu-se como a voz da direita populista no Velho Continente... o Islão e a imigração foram os alvos a abater pelos vários partidos presentes mas o ministro do Interior italiano rejeitou o rótulo de extremista e disparou na direção de Bruxelas:
"Deixamos para os outros os medos e os fantasmas do passado. Nós estamos a construir o futuro juntos. Aqui não há extrema-direita, há a política do bom senso. Os extremistas são o que têm governado a Europa nos últimos vinte anos em nome da precariedade e da pobreza."
O comício promoveu o aguardado encontro entre Salvini e Marine Le Pen. A líder do Reagrupamento Nacional também teceu duras críticas à União Europeia, que acusou de ser uma oligarquia sem referências, raízes ou alma e que governava com a ambição do desaparecimento das nações. Le Pen acusou ainda as instâncias europeias de promoverem a globalização selvagem e que o resultado seria uma sociedade que faz trabalhar os escravos para vender aos desempregados.
O crescimento da direita populista promete deixar a sua marca nas eleições europeias que se avizinham a passos largos e as sondagens indicam que se podem tornar na terceira ou até mesmo na segunda força parlamentar em Estrasburgo.