No Brasil, estudantes manifestaram-se pela segunda vez contra cortes no orçamento do governo de Bolsonaro para a educação.
Em defesa da educação, mais de 100 cidades brasileiras encheram as ruas com gritos de protesto.
Pela segunda vez em maio, os estudantes manifestaram-se contra os cortes na educação. Um congelamento de cerca de 5 mil e 800 milhões de reais, mais de mil e 300 milhões de euros, que leva quase um terço do orçamento para o ensino superior.
Por motivos ideológicos, o governo de Bolsonaro começou por aplicar uma redução de 30% a três destes estabelecimentos de ensino. Depois de uma onda de críticas, os cortes estenderam-se a todas as universidades federais.
Na manifestação do Rio de Janeiro, uma estudante explica por que teme pelo futuro.
"Há um impacto nas bolsas, a gente precisa de bolsas de alimentação, bolsas de permanência e de incentivo à pesquisa. As universidades brasileiras produzem muita pesquisa científica e esse tipo de recorte impacta o desenvolvimento das pesquisas dentro da universidade", afirma.
A fundação que promove a investigação científica no país e está vinculada ao Ministério da Educação, anunciou no início do mês a suspensão de quase 3500 bolsas de estudo para estudantes em regime de pós-graduação. De acordo com o mesmo organismo, a medida é temporária e destina-se aos novos candidatos.
De cartaz em punho, nos protestos em São Paulo, outro manisfestante lamenta: "É uma área prioritária, uma área estratégica. Todos os países investem em educação, porque é uma área estratégica e aqui o Brasil vai no caminho contrário".