New York Times diz que Trump chegou a autorizar ataques ao Irão mas que depois recuou na decisão.
O New York Times escreve, citando altas patentes militares dos EUA, que o Presidente do país aprovou ataques contra alvos iranianos específicos, entre eles "radares e baterias de mísseis ", em resposta ao drone que o país abateu na quinta-feira, mas acabou por recuar. A informação veiculada pelo periódico levou Teerão a alertar que defenderá o seu território contra qualquer ameaça.
O Irão garantia ter "provas irrefutáveis" de que o drone norte-americano violou o seu espaço aéreo. Já os EUA afirmavam que ele foi abatido em espaço aéreo internacional. O Pentágono publicou mesmo um mapa da trajetória do drone.
Enquanto Trump descreveu a iniciativa iraniana como "um grande erro", garantindo que o seu "país não vai aceitar" o que aconteceu, o vice-chefe da Diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, enviava uma mensagem a Washington, através do embaixador da Suíça em Teerão, dizendo que o seu país "não está à procura de guerra", mas deixando um aviso aos EUA "contra qualquer ação imprudente na região": o Irão "defenderá, resolutamente, o seu território contra qualquer agressão". Ainda assim, acrescentava que se houve um erro, do lado iraniano, não terá sido deliberado.
Como medida de precaução a Administração Federal de Aviação dos EUA proibiu as companhias aéreas americanas de sobrevoarem o espaço aéreo controlado por Teerão "até novo aviso". Restrições justificadas pelo "aumento das atividades militares e da tensão política na região", que representam um risco para os voos. A KLM também decidiu deixar de sobrevoar o Estreito de Ormuz, ponto de passagem estratégico de petróleo na região do Golfo.
A tensão entre Irão e EUA aumentou desde que Trump decidiu retirar o seu país do acordo nuclear para o Irão e avançou com novas sanções contra o país.