O país assinala 11 anos da guerra nos territórios independentistas da Abcásia e Ossétia do Sul
Nas ruas de Tblissi lembram-se os mortos de 2008, o ano em que o país enfrentou a Rússia, nos territórios da Ossétia do Sul e Abecásia. O governo georgiano não baixa os braços e denuncia a permanência russa nos territórios. Para o primeiro-ministro, Mamuka Bakhtadze, "a ocupação é a dor que nos deve unir a todos, para lá da filiação política. É uma dor nacional e um desafio. Estou confiante que a Geórgia vai ultrapassar a ocupação."
A ocupação de que o primeiro-ministro georgiano fala diz respeito aos territórios da Ossétia do Sul e Abecásia. Tblissi acusa Moscovo de se manter nas regiões separatistas desde 2008. Bruxelas tem reiterado o apoio ao governo da Geórgia e condena as acções russas.
"A Federação russa não só manteve como aumentou a presença militar na Abcásia e na Ossétia do Sul, violando a lei internacional e os compromissos do acordo assinado a 12 de agosto de 2008. Os conflitos na Geórgia causaram mudança e trauma para as vidas de milhares de pessoas. Essa herança afeta gerações," afirma Carlos Martin Ruiz de Gordejuela, porta-voz da Comissão.
Numa nota enviada à Euronews, o Kremlin defende que "a operação militar russa teve um objetivo: pôr fim à agressão georgiana e prevenir novos ataques". Moscovo insiste que a operação "foi proporcional à ameaça da Geórgia" e que as unidades militares russas "foram retiradas no final".
Estima-se que 190 mil pessoas perderam a casa em 2008.23 mil georgianos foram obrigados a sair da Ossétia do Sul. Grande parte vive ainda hoje em instalações temporárias .