Manifestantes e polícia voltam a confrontar-se nas ruas
A China considera que os protestos em Hong Kong atingiram um patamar próximo do terrorismo.
O "Diário do Povo", jornal oficial do Partido Comunista Chinês, apela ao uso da "espada da lei" para restaurar a ordem. Na televisão chinesa, o comunicado oficial do governo sobre os dasacatos teve honras de abertura do noticiário. "Condenamos da forma mais veemente este acto quase terrorista," diz o executivo de Hong Kong.
A tensão entre manifestantes pró-democracia e a polícia tem produzido cada vez mais episódios de violência.
A condenação do executivo surge no dia em que é divulgada uma fotografia satélite de um estádio desportivo em Shenzen onde parecem estar alinhados dezenas de veículos militares. O estádio fica na China continental, a escassos quilómetros da fronteira com Hong Kong.
O aeroporto de Hong Kong voltou ao normal, mas nas ruas da cidade, milhares de pessoas voltaram a enfrentar as autoridades, apontando lasers às miras e às câmaras de vigilância. Acções que tiveram resposta quase imediata. A polícia anti-motim disparou gás lacrimogéneo.
O movimento pró-democracia mantém o protesto nas ruas de Hong Kong há 10 semanas. No caderno de reivindicações está a demissão do governo e a convocação de eleições diretas.