No Cairo, em Alexandria, Suez e outras cidades, centenas de pessoas saíram às ruas denunciando alegados esquemas de corrupção do governo e das Forças Armadas
No Cairo e em outras cidades do país, a polícia egípcia deteve várias pessoas que participaram, esta sexta-feira, em manifestações em nome da renúncia do Presidente Abdel Fattah al-Sisi. Desafiaram o risco de prisão e denunciaram alegados esquemas de corrupção no seio do Governo e das Forças Armadas.
Durante os protestos na capital egípcia, centenas de manifestantes confluíram para a praça Tahrir, o epicentro da revolução de 2011, em pleno florescimento da Primavera Árabe, que levou à queda do então presidente Hosni Mubarak.
As autoridades apressaram-se a dispersar os manifestantes com recurso ao gás lacrimogéneo, até porque as manifestações estão proibidas por uma lei adotada em 2013, na sequência do golpe militar liderado por al-Sisi.
Os protestos começaram depois de uma série de vídeos publicados nas redes sociais, incluindo os do empresário e ator egípcio no exílio em Espanha Mohamed Ali.
Os meios de comunicação social estatais noticiaram que as pessoas se reuniram apenas "para tirar selfies e fazer vídeos."