O presidente sírio Bashar Al-Assad enviou tropas para combater ao lado das milícias curdas para travar as ofensivas militares da Turquia.
Os Estados Unidos estão a retirar da Síria todas as tropas de apoio às forças curdas. A parceria militar, que já vinha da administração Obama, para travar a proliferação do Daesh, conhece desta forma o fim.
Saem os Estados Unidos, entra a Turquia. De acordo com Ancara, que nos últimos dias intensificou os ataques no norte do país, as tropas turcas assumiram o controlo da primeira cidade síria, este sábado.
A retirada do apoio dos Estados Unidos, garantem os rebeldes curdos, deixa uma porta aberta para a fuga de membros do autoproclamado Estado Islâmico.
Bashar Al-Assad já enviou tropas para se juntarem aos combatentes, mas apesar dos esforços do presidente sírio, estima-se que cerca de oito centenas de militantes do Daesh tenham já conseguido fugir da prisão.
Ao exército de Damasco juntam-se os apelos do Irão. O presidente iraniano, Hassan Rouhani, afirmou esperar que "no interesse da região, o governo turco tenha a sabedoria de parar com o que está a fazer, esperamos ver o fim desta ofensiva turca".
A ofensiva turca fez já algumas dezenas de mortos e está a obrigar ao deslocamento de dezenas de milhares de pessoas para fugir ao conflito. De acordo com as organizações humanitárias no terreno, estão criadas as condições para uma crise humanitária região.