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Cartas de Boris Johnson deixam Brexit num impasse

Cartas de Boris Johnson deixam Brexit num impasse
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O primeiro-ministro britânico enviou duas cartas ao presidente do Conselho Europeu: uma a pedir o adiamento do Brexit, outra a recusá-lo. Reino Unido aguarda resposta da UE.

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Selada, entregue, mas sem assinatura. Foi assim que o presidente do Conselho Europeu recebeu a carta com o pedido de adiamento do Brexit, enviada pelo primeiro-ministro britânico.

Boris Johnson não deixou margem para dúvidas. O envio não se tratou de um lapso, o gesto foi mesmo intencional. Numa segunda carta, desta vez já assinada, o chefe de governo afirma que adiar a saída do Reino Unido da União Europeia é um erro.

Ao contrário do que afirmou no parlamento, Boris Johnson estava obrigado pela chamada Lei de Benn a solicitar a extensão do prazo para o Brexit, depois de os deputados britânicos terem adiado, este sábado, a votação do tema.

Isto porque, de acordo com a maioria dos deputados, é necessário aprovar legislação para aplicar o acordo, antes de o aprovar.

A atitude de Johnson deixou a oposição descontente. Em entrevista à BBC, o deputado Trabalhista Keir Starmer acusou o primeiro-ministro britânico de estar a ser "infantil". "A lei é muito clara. De acordo com a lei, ele devia ter assinado a carta. Está a ser infantil. E se - não acredito que vá acontecer - mas se sairmos em desgraça por causa do que ele fez com as cartas, no espaço de 11 dias e sem acordo, ele será pessoalmente responsável por isso".

Os Conservadores continuam, no entanto, a acreditar na saída ainda este mês. "Vamos sair a 31 de outubro, Temos os meios e capacidade para fazê-lo. E tivemos pessoas que votaram para uma extensão do prazo, que votaram para tentar frustrar este processo e arrastá-lo. Acho que a vontade deste país é muito clara e que a determinação do primeiro-ministro é absoluta. E nisto estou com ele, temos de sair a 31 de outubro", afirmou, em entrevista à Sky, o deputado Conservador Michael Gove.

Enquanto os líderes dos 27 Estados-Membros estão a ser consultados sobre o próximo passo da União Europeia, o Reino Unido permanece tão ou mais dividido do que antes.

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