Benim restaura marco histórico do tráfico de escravos

Benim restaura marco histórico do tráfico de escravos
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De  Ricardo Figueira

Fortaleza de São João Batista de Ajudá foi fundada pelos portugueses no século XVII.

A cidade hoje conhecida como Ouidah, no Benim, foi batizada Ajudá pelos portugueses. Foi aqui, no século XVII, que foi construída a Fortaleza de São Batista de Ajudá, um edifício que ficou na história pelas razões mais tristes. Daqui partiram milhares de escravos para a América, traficados pelos portugueses, ingleses e franceses. As autoridades do Benim decidiram restaurar este edifício, num esforço de perpetuar a memória para as próximas gerações.

Eric Accrombessi, guia turístico, diz que "Ouidah é a cidade mais marcada pela história, em termos de esclavagismo e por isso mesmo todos, não só os movimentos de defesa da causa negra, acreditam que lugares como este têm de ser restaurados, para que a história não seja esquecida".

O chamado "portão do não-retorno" é a parte mais simbólica da fortaleza. Depois de passarem por aqui, os escravos tinham a praia, onde os esperavam os navios negreiros que os levavam, em condições desumanas, para o outro lado do Atlântico.

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