Governo afegão e talibãs sentam-se à mesa

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Direitos de autor KARIM JAAFAR/AFP or licensors
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De  Ricardo Figueira
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As conversações, patrocinadas pelos EUA, têm a difícil tarefa de conseguir uma paz duradoura.

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O governo do Afeganistão e os talibãs encontram-se em Doha, no Catar, numa tentativa de pôr fim a quase duas décadas de guerra, embora essa pareça uma tarefa quase impossível.

As negociações são apoiadas pelos Estados Unidos e chegam seis meses mais tarde que o previsto, devido a discordâncias sobre uma troca de prisioneiros que tinha sido acordada em fevereiro. Acontecem um dia depois do aniversário dos ataques de 11 de setembro de 2001, que levaram os Estados Unidos a invadir o Afeganistão e derrubar o regime talibã que protegia o líder da Al-Qaeda Osama bin Laden.

A ambas as partes, o secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo pede um compromisso pela paz e pela reconciliação: "Penso que toda a gente aqui sentada hoje sabe que foi necessário trabalho e sacrifício para chegar a este momento e será preciso também muito trabalho e sacrifício para o manter vivo e fazer com que estas conversações resultem numa paz duradoura, que é o que o mundo inteiro deseja", disse o chefe da diplomacia norte-americana.

O mesmo desejo de paz foi expresso pelo representante dos Talibãs, o mulá Abdul Ghani Baradar, para quem "o movimento pretende continuar as negociações, pavimentar o terreno para a paz e tranquilidade no Afeganistão".

O Presidente Donald Trump quer apresentar a paz no Afeganistão como um trunfo para as eleições de novembro. A guerra no Afeganistão é a mais longa em que os Estados Unidos se envolveram. O desejo de Trump é que todas as forças estrangeiras deixem o Afeganistão até ao próximo ano, mas alcançar um acordo de paz abrangente é difícil, até porque os talibãs insistem em querer impor a ordem islâmica no país. O governo do Presidente Ashraf Ghani, que não é reconhecido pelos talibãs, tem conseguido progressos no país, incluindo maiores liberdades para as mulheres.

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