Apesar de ainda não existir vacina aprovada, Alemanha e Espanha garantem estar a postos. Portugal ainda não tem plano de vacinação
A Agência Europeia de Medicamentos tem nas mãos o futuro das vacinas contra a covid-19 e enquanto o Santo Graal da medicina atual não é aprovado, Bruxelas esforça-se para responder a uma voz à ameaça do coronavírus.
Existem no entanto motivos para otimismo e esta semana, Ursula von der Leyen revelou que as primeiras vacinas podem chegar aos cidadãos europeus até final do ano.
A investigação prossegue a um ritmo nunca antes visto e existem perto de cinquenta vacinas diferentes em fase de ensaios clínicos. Bruxelas também já flexibilizou o caminho para a aprovação das vacinas.
Para Angela Merkel, isto não irá resolver o problema de forma imediata mas representa uma luz ao fundo do túnel.
A Alemanha garante estar preparada para agir assim que as vacinas forem aprovadas e estuda a reconversão de aeroportos desativados em centros de vacinação.
Em Espanha, prevê-se a utilização da rede pública do Sistema Nacional de Saúde mas nem por isso a meta deixa de ser ambiciosa e Pedro Sánchez anunciou que uma fatia substancial da população deve ser vacinada no primeiro semestre de 2021.
O governo espanhol tem já um plano de vacinação a postos, que dividiu os cidadãos em dezoito grupos distintos. Os quatro grupos de risco mais elevado, cerca de dois milhões e meio de pessoas, deverão ser imunizados até final de março.
Em Portugal, ainda não existe um plano de vacinação definido mas a ministra da Saúde, Marta Temido, garante que o país estará preparado assim que for aprovada uma vacina pela Agência Europeia de Medicamentos.
Tempos excecionais exigem medidas excecionais. Bruxelas pede acesso universal à vacina e a proteção dos mais frágeis, mas enquanto não conseguir colocar os diversos países europeus na mesma onda, é cada um por si.