Na hora da despedida, Donald Trump gravou um vídeo onde deseja sorte à nova administração e diz que o movimento que iniciou "está apenas a começar"
No último dia no cargo, o 45º Presidente dos Estados Unidos da América assinalou o final do mandato com um vídeo de despedida.
Surpreendente na forma e no conteúdo. Donald Trump desejou sorte ao sucessor, sem nunca mencionar Joe Biden: "Estou perante vós verdadeiramente orgulhoso do que alcançámos juntos. Fizemos o que viemos aqui fazer e muito mais. Esta semana, inauguramos uma nova administração e rezamos pelo seu sucesso em manter a América segura e próspera. Apresentamos os nossos melhores votos e queremos também que eles tenham sorte, uma palavra muito importante".
E prosseguiu, em tom de aviso: "Lutei por si. Lutei pela sua família. Lutei pelo nosso país. Acima de tudo, lutei pela América e por tudo o que ela representa, e isso é seguro, forte, orgulhoso e livre. Agora, enquanto me preparo para entregar o poder a uma nova administração, ao meio-dia de quarta-feira, quero que saibam que o movimento que iniciámos está apenas a começar".
Como é tradicional em fim de mandato, Trump emitiu vários indultos, entre eles o do seu antigo estratega de campanha e conselheiro, Steve Bannon.
O presidente que dividiu a América, acabou por dividir também os republicanos. Um dos seus maiores aliados, Mitch McConnell, líder republicano no senado, não teve dúvidas em acusar: "Da última vez que o Senado se reuniu, tínhamos acabado de reclamar o Capitólio de criminosos violentos que tentaram impedir o Congresso de cumprir o nosso dever. A máfia foi alimentada com mentiras. Foram provocados pelo presidente e por outras pessoas poderosas".
Em nenhum momento Donald Trump admitiu a vitória eleitoral de Joe Biden e nem se dignou passar-lhe o testemunho. Fica na História, entre muitas outras coisas, como o primeiro presidente desde 1869 a faltar à tomada de posse do seu sucessor.